Governo define reajuste da gasolina, dizem jornais; Presidência nega
Dois jornais publicaram, nesta quinta-feira (22), a notícia de que o governo federal teria decidido subir os preços da gasolina e do óleo diesel neste ano. Pelo Twitter, o Planalto negou que esteja estudando um reajuste nos preços.
"O porta-voz da Presidência, Thomas Traumann, negou, hoje, que a presidenta Dilma tenha discutido reajuste nos preços dos combustíveis", diz o post na rede social de microblog.
A suposta decisão de aumentar o preço dos combustíveis teria surgido pela intensificação da alta do dólar contra o real, que tem pesado sobre as contas da Petrobras.
A forma com que o reajuste aconteceria não teria sido definida. O jornal "O Estado de S. Paulo" publicou, sem citar fontes, que "o reajuste deve ficar na casa de um dígito para os dois produtos, mas o martelo ainda não está batido quanto ao momento ideal para a alta dos preços".
A decisão de reajuste teria sido tomada em reunião ocorrida na véspera entre a presidente Dilma Rousseff, a presidente da Petrobras, Graça Foster; e os ministros da Casa Civil, Gleisi Hoffmann; e do Desenvolvimento, Fernando Pimentel.
A Folha publicou que "a desvalorização cambial não deixa muitas alternativas, e auxiliares presidenciais dizem ser muito difícil fugir de um aumento nos próximos meses".
A Petrobras "chegou a propor um reajuste escalonado, para diluir o impacto inflacionário, mas não tem esperança de um aumento que compense integralmente a desafagem (entre preços internos e internacionais dos combustíveis)", segundo o jornal.
Questionado sobre um eventual aumento dos combustíveis, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou, no último dia 16, que os reajustes nos preços dos combustíveis no Brasil ocorrerão periodicamente.
"Essa é, digamos, a regra", disse a jornalistas, acrescentando que os aumentos não são anunciados com antecedência.
Petrobras cobra reajuste nos preços
O aumento nos preços é cobrado pela Petrobras, como forma de alinhar os preços internos de derivados de petróleo aos valores internacionais, cotados em dólar.
O diesel foi reajustado duas vezes este ano pela Petrobras--com altas de 6,6% em janeiro e 5% em março--, enquanto a gasolina teve uma alta de 5,4% janeiro.
Na gasolina, o governo tentou amenizar o impacto sobre a inflação com aumento na proporção de etanol misturado no combustível, de 20% para 25%, mas a decisão só foi executada em maio.
O impacto do aumento dos combustíveis sobre a inflação tem sido uma preocupação constante do governo.
Em 2012, quando a Petrobras anunciou reajustes, o governo reduziu a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) até ela ser zerada para os combustíveis, com o objetivo de neutralizar os impactos dos aumentos para o consumidor final e, desse modo, para a inflação.
(Com Reuters)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.