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BC define hoje nova taxa de juros; mercado aposta em alta, para 9%

Do UOL, em São Paulo

28/08/2013 06h00

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central define nesta quarta-feira (28) um possível aumento da taxa básica de juros (Selic), que está em 8,5% ao ano.

As reuniões do Copom ocorrem a cada 45 dias em Brasília. Participam o presidente do Banco Central e diretores de política monetária e econômica da instituição.

Nas últimas duas reuniões, os membros do Copom decidiram subir a taxa de juros em 0,5 ponto percentual, em linha com as expectativas de de analistas financeiros consultados pelo BC.

De acordo com as expectativas da maioria dos analistas, nesta reunião o Copom deve manter a dosagem, elevando a Selic para 9%, com possibilidade de mais aumentos também nos encontros agendados para outubro e novembro.

Caso o Banco Central decida subir a Selic, a poupança poderá voltar a render mais (0,5% ao mês mais TR, ou 6,17% ao ano mais TR). Atualmente, com os juros em 8,5%, o rendimento da poupança é de 5,95% ao ano.

Alguns analistas chegaram a defender a necessidade de elevações mais fortes da taxa, em uma tentativa de combate mais efetivo à inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entenda como os juros são usados para controlar a inflação

Uma economia aquecida em geral é bom para todos: há mais vendas para os empresários e mais empregos para os trabalhadores.

No entanto, se há muita procura de produtos, eles podem ficar escassos e passarem a custar mais caro, causando inflação.

O Brasil possui um sistema de metas para inflação que foi instituído em junho de 1999 pelo Banco Central (BC). O indicador considerado é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Para manter o nível de inflação esperado, o governo faz uso da política monetária, por meio da taxa básica de juros, a Selic.

Assim, caso o BC observe que a inflação corre o risco de superar a meta, a tendência é elevar os juros.

A taxa de juros foi o instrumento escolhido pelo governo, pois ela determina o nível de consumo do país, já que a taxa Selic é utilizada nas transações bancárias e, portanto, influencia os juros de todas as operações na economia.

A Selic é utilizada pelos bancos como um parâmetro. A partir dela, as instituições financeiras definem quanto vão cobrar por empréstimos às pessoas e às empresas.

Caso os juros do país estejam altos, o consumidor tende a comprar menos, porque a prestação de seu financiamento vai ser mais alta. Isso reflete na queda da inflação.

Segundo a lei da oferta e da procura, quanto maior a demanda por um determinado produto, mais elevado é o seu preço.

Do contrário, se uma mercadoria ou serviço não forem tão procurados, o preço tende a cair para atrair mais compradores.

(Com Agência Brasil)