Nova poupança perde da inflação em 2013; caderneta antiga se sai bem
A nova poupança rendeu em 2013 menos que a inflação. O dinheiro dos aplicadores rendeu 5,82%, enquanto a inflação oficial, medida pelo IPCA, ficou em 5,91%.
A poupança antiga se saiu melhor e superou a inflação, valorizando-se 6,37% no ano. Os cálculos foram feitos por José Dutra Viera Sobrinho, matemático financeiro, e Miguel Ribeiro de Oliveira, vice-presidente da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).
Desde maio de 2012, o rendimento da nova poupança passou a variar conforme a Selic. Com juros baixos, a poupança rende menos porque, pelas novas regras, o rendimento fica menor sempre que a Selic estiver em 8,5% ou menos ao ano.
O governo fez isso para desestimular que grandes investidores migrassem para a poupança, diante da menor rentabilidade de outras aplicações movidas a juros.
Antes das mudanças, o ganho da poupança era de 6,17% ao ano, mais a TR, em qualquer situação.
A mudança vale para poupanças que já existiam e para as que foram abertas a partir de 4 de maio de 2012. O dinheiro que já estava nas poupanças antigas continua rendendo conforme as regras anteriores.
O que muda para essas contas antigas são os novos depósitos. Estes entram na regra nova.
Veja resultado de outras aplicações no ano
O dólar comercial terminou como a aplicação mais rentável de 2013 -a moeda norte-americana valorizou-se 15,11%.
Segundo levantamento do Infomoney, a segunda melhor aplicação de 2013 foi o CDB (Certificado de Depósito Bancário) prefixado (Bancos 1ª linha). Desde o começo do ano, o investimento rendeu 8,11%.
Logo em seguida aparece o CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que envolve grande parte das aplicações de renda fixa, inclusive os fundos DI, com alta de 7,84% em 2013.
2013 foi novamente um ano ruim para os investidores da Bolsa. O mercado de ações do Brasil foi, em 2013, um dos piores do mundo. O Ibovespa, referência da Bolsa de Valores de São Paulo, caiu 15,5% ao longo do ano.
Outra aplicação que perdeu foram os fundos imobiliários. Em 2012, deram-se bem, com alta de 35%, mas, em 2013, o índice caiu 12,65%.
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