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Índice Big Mac mostra que real é a quinta moeda mais cara do mundo

Do UOL, em São Paulo

23/01/2014 16h29Atualizada em 23/01/2014 17h38

O Brasil tem a quinta moeda mais valorizada do mundo, perdendo apenas para Noruega, Venezuela, Suíça e Suécia. A conclusão é tirada a partir do preço do Big Mac, o conhecido sanduíche da rede de fast food McDonald's. O Brasil tem o quinto Big Mac mais caro do mundo: em dólares, custa US$ 5,25.

O "índice Big Mac" é feito pela revista britânica "The Economist" e sua mais recente edição foi apresentada nesta quinta-feira (23).

O ranking lista o preço do sanduíche em vários países do mundo e na zona do euro, para comparar a valorização de diferentes moedas.

O preço de US$ 5,25 no Brasil demonstra uma valorização de 13,6% do real em relação ao dólar. Na Noruega, o país em que o Big Mac é mais caro, o preço é de US$ 7,80. Na Venezuela, segundo país com moeda mais valorizada, é de US$ 7,15. Na Suíça, US$ 7,14, e na Suécia, US$ 6,29.

PREÇO DO BIC MAC EM PAÍSES VARIADOS

PAÍSPREÇO
NoruegaUS$ 7,80
VenezuelaUS$ 7,15
SuíçaUS$ 7,14
SuéciaUS$ 6,29
BrasilUS$ 5,25
DinamarcaUS$ 5,18
IsraelUS$ 5,02
CanadáUS$ 5.01
Zona do euroUS$ 4,96
UruguaiUS$ 4,91
Reino UnidoUS$ 4,63
EUAUS$ 4,62
  • Fonte: "The Economist"

O preço do lanche nos Estados Unidos é usado como base na pesquisa. Atualmente, ele está em US$ 4,62. 

Se um sanduíche em determinado país é mais caro do que esse valor, a moeda está valorizada em relação ao dólar. Caso contrário, se o sanduíche for mais barato do que nos EUA, a moeda está desvalorizada.

Entre os países pesquisados pela 'Economist', o sanduíche é mais barato na Índia, onde o Maharaja Mac (feito com frango porque eles não comem carne bovina) custa US$ 1,54. Na África do Sul, paga-se US$ 2,16 no Big Mac.

Crise de confiança

A 'Economist' apontou que a situação do Brasil é a mais preocupante no grupo que denomina de "cinco frágeis", designando os países que mais devem sofrer com o corte de estímulos do banco central dos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed).

A revista citou um deficit em conta-corrente equivalente a 3% do PIB (Produto Interno Bruto) do país, mas fazendo a ressalva de que as reservas de moeda do país são suficientes para que o governo aja em caso de emergência.

A publicação também citou uma crise de confiança dos investidores no governo brasileiro, mas apontando que o aumento na taxa básica de juros promovido pelo Banco Central foi um sinal positivo para o mercado internacional.

Metodologia

O Índice Big Mac foi criado para explicar um conceito econômico chamado paridade de poder de compra. Por esse conceito, a longo prazo o mercado de câmbio deveria se ajustar para que o valor de um dólar fosse equivalente em qualquer país.

Se houvesse paridade, o preço de um produto --nesse caso um Big Mac, que é feito com os mesmos ingredientes em quase todos os lugares pesquisados-- deveria ser o mesmo em todo o mundo.

Os cálculos foram feitos pela "Economist" com base na cotação desta quarta-feira (22).