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Aumento no preço de combustíveis é dilema para emergentes, diz 'FT'

Do UOL, em São Paulo

03/02/2014 09h42

O jornal britânico Financial Times avaliou em um artigo neste domingo (2) que os países emergentes enfrentam um dilema em relação ao preço dos combustíveis.

Apesar de o preço do petróleo Brent estar relativamente baixo em dólares, segundo o jornal, nas moedas locais dos "cinco frágeis" os preços bateram recordes no final do ano passado e neste ano.

Os "cinco frágeis" são uma nova denominação adotada pela mídia internacional para se referir à África do Sul, Turquia, Índia, Indonésia e Brasil. Segundo especialistas, são os países que correm os maiores riscos com a diminuição dos estímulos econômicos nos Estados Unidos.

Com maiores custos de importação, estes países, em especial, agora têm de enfrentar uma decisão, segundo o 'FT': ou deixam os preços dos combustíveis subirem, correndo o risco de aumentar a inflação e desencorajar o consumo; ou absorvem a alta dos preços por meio de subsídios, prejudicando o caixa do governo.

"Este é um gargalo importante em países emergentes, nos quais transportes e alimentação compõem a maioria dos gastos da maioria das pessoas. Preços mais altos de combustíveis significam que menos dinheiro vai estar disponível para outros gastos", afirmou o economista Walter de Wet, especialista em commodities do Standard Bank em Joanesburgo.

Petrobras não decidiu sobre aumento de preços

Em meados de janeiro, a Petrobras afirmou que não tinha uma decisão sobre aumento nos preços dos combustíveis. O último reajuste aconteceu em novembro do ano passado, e foi de 4% para a gasolina e 8% para o diesel.

A empresa decidiu não divulgar como será a política de reajustes, que causou atritos entre a presidente Dilma Rousseff e a presidente da companhia, Graça Foster.

O Conselho da estatal aprovou a implementação de uma política de preços, mas "por razões comerciais, os parâmetros da metodologia de precificação serão estritamente internos à companhia", segundo nota distribuída pela empresa.

De acordo com a empresa, essa metodologia de reajuste "pretende assegurar que os indicadores de endividamento e alavancagem da Petrobras retornem aos limites estabelecidos no plano de negócios 2013-2017 em até 24 meses, considerando o crescimento da produção de petróleo e a aplicação da política de preços de combustíveis".