Investigação nos EUA diz que Telexfree é pirâmide, e alvo eram brasileiros
Uma investigação nos Estados Unidos afirma que a empresa Telexfree, que vende planos de minutos de telefonia pela internet, funciona sob um esquema de pirâmide financeira e movimentou mais de US$ 1 bilhão em todo o mundo. A conclusão é do órgão que regula as operações financeiras no Estado de Massachusetts, onde fica a sede da companhia.
Segundo relatório divulgado nesta terça-feira (15), o principal alvo do esquema eram os imigrantes brasileiros.
No Brasil, a empresa foi proibida de operar desde junho sob suspeita de praticar pirâmide financeira.
O UOL entrou em contato com o advogado da Telexfree(Ympactus Comercial S/A) no Brasil, mas não obteve resposta até a publicação deste texto. Em outras ocasiões, a empresa negou qualquer irregularidade.
A formação de pirâmide financeira é uma modalidade considerada ilegal porque só é vantajosa enquanto atrai novos investidores. Assim que os aplicadores param de entrar, o esquema não tem como cobrir os retornos prometidos e entra em colapso. Nesse tipo de golpe, são comuns as promessas de retorno expressivo em pouco tempo.
Imigrantes brasileiros eram alvo da empresa nos EUA
Segundo o secretário William Galvin, a Telexfree ofereceu títulos fraudulentos e não registrados em Massachusetts. Ainda segundo a investigação, a Telexfree prometia lucros acima de 200% e conseguiu atrair mais de US$ 90 milhões somente entre moradores do Estado, além de quase US$ 1 bilhão em todo o mundo.
"Apresentada como mudança de paradigma nas telecomunicações e na publicidade, a Telexfree é meramente uma pirâmide e um esquema ponzi [tipo de pirâmide financeira que atrai pessoas oferecendo retornos muito altos], que tem como alvo a comunidade trabalhadora brasileira. A empresa levantou US$ 1 bilhão em todo o mundo, muitas vezes a partir de honestos lucros e economias de brasileiros e de outras minorias", disse Galvin, em seu relatório.
O secretário pede que as operações da empresa sejam paralisadas, e que os clientes sejam ressarcidos.
Empresa é investigada no Brasil, mas nega acusações
Atuando no Brasil desde março de 2012, a Telexfree vende planos de minutos de telefonia de voz pela internet. Porém, segundo a acusação da Justiça, isso seria apenas uma fachada.
A empresa é investigada por indícios de formação de pirâmide financeira, modalidade considerada ilegal porque só é vantajosa enquanto atrai novos investidores.
Assim que os aplicadores param de entrar, o esquema não tem como cobrir os retornos prometidos e entra em colapso. Nesse tipo de golpe, são comuns as promessas de retorno expressivo em pouco tempo.
Em notas anteriores, a empresa disse que está se defendendo de forma vigorosa das acusações e que tem apresentado sua defesa juntando aos processos todos os documentos necessários, de modo que comprove a regularidade e a viabilidade econômica de suas atividades.
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