Economia cresce 0,12% em abril em relação a março, diz BC
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado pelo mercado uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto) oficial, avançou 0,12% em abril na comparação com março, de acordo com dados dessazonalizados divulgados pelo BC nesta sexta-feira (13).
Em março, o índice tinha registrado queda de 0,11% na comparação com fevereiro.
Na comparação com abril de 2013, o IBC-Br recuou 0,67% e acumula em 12 meses alta de 2,19%, ainda segundo dados dessazonalizados.
Analistas consultados pela agência Reuters esperavam estagnação na comparação mensal, com projeções que foram de queda de 0,40% a alta de 0,53%.
"Crescimento bastante fraco e inflação persistente acima de 6% cento estão gradualmente levando a economia para um cenário de estagflação", disse em nota o diretor de pesquisa econômica do Goldman Sachs para América Latina, Alberto Ramos.
O IBC-Br incorpora estimativas para a produção nos três setores básicos da economia: serviços, indústria e agropecuária.
Projeções pessimistas
Diante do mau desempenho da indústria, dos investimentos e do consumo das famílias, a economia brasileira desacelerou no primeiro trimestre e o PIB (Produto Interno Bruto) cresceu apenas 0,2% na comparação com os últimos três meses do ano passado.
O setor industrial continuou mostrando dificuldades em abril, quando a produção recuou 0,3% sobre o mês anterior.
Nem o varejo, uma das únicas fontes de crescimento mais constantes da economia nos últimos anos, vem conseguindo se sustentar. As vendas em abril caíram 0,4%, segundo mês de queda, mostrando que o consumidor vem sentindo o peso da inflação elevada e do crédito mais caro, resultado do aperto monetário promovido pelo BC, que levou a Selic para os atuais 11%.
IBC-Br
O índice é elaborado mensalmente pelo BC e é considerado uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto) --que é calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a cada trimestre e leva a um resultado anual.
O indicador do BC é visto pelo mercado como uma antecipação do resultado do PIB, e serve de base para investidores e empresas adotarem medidas de curto prazo. Porém, não necessariamente reflete o resultado anual do PIB e, em algumas vezes, distancia-se bastante.
O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços).
A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE, por sua vez, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.
(Com Reuters)
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