Contas externas do Brasil ficam negativas em US$ 5,7 bi em março, diz BC
A diferença das transações do Brasil com os outros países ficou negativa em US$ 5,7 bilhões, conforme o Banco Central divulgou nesta quarta-feira (22).
O cálculo do indicador considera, além das importações e exportações registradas pela balança comercial, os gastos com serviços e as rendas.
Esses números foram os primeiros sob nova metodologia adotada para o cálculo do balanço de pagamentos.
Segundo o BC, a metodologia foi atualizada seguindo recomendações do FMI (Fundo Monetário Internacional). As mudanças incluem o formato de apresentação dos dados, a nomenclatura de algumas contas e alteração de conceitos.
Economistas consultados pela Reuters projetavam que o saldo da conta corrente ficaria negativo em US$ 5 bilhões neste mês.
No acumulado de 12 meses encerrados em março, o deficit em conta corrente do país ficou em 4,54% do Produto Interno Bruto (PIB) -- saldo negativo de US$101,6 bilhões.
As mudanças do BC agiram em dois sentidos: o deficit em conta corrente subiu na comparação com os números divulgados sob os critérios antigos, ao mesmo tempo em que a entrada de capital estrangeiro - que passou a ser designada "investimento direto no país" em vez de "investimento estrangeiro direto" - foi também elevada, passando a considerar fatores como o reinvestimento de lucros no país e empréstimos concedidos por subsidiárias a matrizes brasileiras.
Como consequência, o deficit em conta corrente do ano passado foi revisado para US$ 103,981 bilhões, o equivalente a 4,43% do PIB, ante US$ 90,948 bilhões, ou 4,17% do PIB, anteriormente.
Já os investimentos diretos no país subiriam a US$ 96,851 bilhões em 2014, ante US$ 62,5 bilhões divulgados sob a metodologia antiga, cobrindo 93,1% do déficit em conta corrente, contra percentual prévio de 68,7%.
(Com Reuters)
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