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Com dólar caro, gasto de brasileiros no exterior cai 30,4% em julho

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Imagem: Shutterstock

Do UOL, em São Paulo

25/08/2015 11h00Atualizada em 25/08/2015 15h10

Os brasileiros gastaram em viagens internacionais um total de US$ 1,677 bilhão em julho, uma queda de 30,4% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando os gastos com turismo no exterior tinham sido de US$ 2,408 bilhões.

De janeiro a julho, essas despesas somaram US$ 11,617 bilhões, contra US$ 14,851 bilhões em igual período do ano passado, o que representa queda de 21,8%. 

Os números são do Banco Central (BC) e foram divulgados nesta terça-feira (25).

O recuo dos gastos de brasileiros no exterior deve-se ao dólar mais alto, que encarece as passagens e as diárias de hotéis calculadas em moeda estrangeira. Analistas do mercado financeiro projetam que o dólar encerrará este ano cotado a R$ 3,50.

Sem Copa, gasto de estrangeiros cai

Já os turistas estrangeiros gastaram US$ 468 milhões no Brasil em julho, uma queda de 40,4% em relação a julho do ano passado, quando gastaram US$ 785 milhões. Na ocasião, o país recebeu muitos turistas do exterior para a Copa do Mundo. 

Com isso, a conta de viagens internacionais (receitas menos despesas) ficou negativa em US$ 1,209 bilhão no mês passado, mas melhorou 25,5% em relação a junho de 2014, quando tinha sido negativa em US$ 1,623 bilhão.

No acumulado de janeiro a julho, essa conta com viagens está negativa em US$ 8,204 bilhões, contra US$ 10,482 bilhões vistos em igual período do ano passado, uma melhora de 21,7%.

Nova metodologia do BC

Em abril, o BC adotou nova metodologia internacional para medir as contas externas.

Dentro da conta de serviços, onde estão os gastos com viagens, o BC passou a apresentar novas linhas, como serviços de propriedade intelectual (antigos royalties), e telecomunicações, computação e informações, que capta despesas com software, por exemplo.

A nova nota também traz outros serviços --pesquisa, desenvolvimento, publicidade, engenharia, arquitetura, limpeza e despoluição--, e serviços culturais, pessoais e recreativos.

(Com agências)

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