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Crise na China: saiba o que fazer com dólar, ações e outros investimentos

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Imagem: Shutterstock

Sophia Camargo

Do UOL, em São Paulo

24/08/2015 20h06

As Bolsas e o mercado de dólar estão sofrendo com a queda das ações na China. Diante dessa incerteza, o que fazer com seus investimentos?

Para o professor de Finanças Alexandre Cabral e o economista-chefe da TOV Corretora, Pedro Paulo Silveira, a recomendação é ser o mais conservador possível, mantendo o dinheiro em títulos ligados a juros pós-fixados, tais como o Tesouro Selic, e mantendo distância de investimentos de risco como a Bolsa e o dólar.

"À medida que o cenário vai ficando mais obscurecido, o ideal é se refugiar em títulos de baixo risco de crédito e nenhum risco de inflação e juro. Essa é a melhor coisa que o investidor pode fazer", afirma Silveira.

Veja as recomendações:

Ações
Bovespa - Shin Shikuma/UOL - Shin Shikuma/UOL
Imagem: Shin Shikuma/UOL

Quem tem dinheiro em ações mantém e quem não tem não entra. Essa é a recomendação dos especialistas. "Considero que ainda não acabou a fase de tormento para a Bolsa", diz Silveira. "Apesar de algumas ações estarem bem baratas, num nível de antes da crise de 2008, elas ainda podem cair mais. Por isso, não é hora de mexer em Bolsa."

Dólar
Notas de dólar  - Shutterstock - Shutterstock
Imagem: Shutterstock

Quem precisa de dólar para cobrir uma despesa com viagem ou estudo deve comprar a moeda aos poucos. Por exemplo. Se vai precisar de US$ 14 mil daqui a 7 meses, compre todo mês US$ 2 mil.

Se vai precisar daqui a um mês, compre todo o valor.

"Não dá para especular com o câmbio", diz Silveira. "A tendência da moeda é de alta ao menos nos próximos seis meses, mas acima desse prazo acredito em desvalorização", diz.

Para Alexandre Cabral, outra maneira de investir na moeda é por meio do fundo cambial, para fugir dos altos custos das casas de câmbio.

Silveira discorda. Para ele, o fundo cambial não é um bom investimento para quem precisará usar a moeda rapidamente. "Se investir e sacar em menos de seis meses terá de pagar IR de 22,5%, além da taxa de administração e o come-cotas", diz.

Para quem tem a moeda, os especialistas acham que é melhor ficar com ela. "Ou vender só uma parte, para ter algum lucro", diz Cabral.

Poupança
Poupança - Shutterstock - Shutterstock
Imagem: Shutterstock

A poupança está há meses perdendo rentabilidade por conta da alta da inflação. Os especialistas recomendam retirar o dinheiro da caderneta e colocar no Tesouro Selic.

Segundo cálculos do professor Cabral, quem investisse R$ 10 mil hoje na poupança teria, ao final de 12 meses, R$ 10.920,00. Já quem optasse pelo Tesouro Selic, pelo mesmo período, teria R$ 11.080,00, já descontados os custos da operação. "Esquece a poupança, manda para o inferno", diz Cabral.

Tesouro Direto
simbolo do tesouro nacional - Alan Marques/Folhapress - Alan Marques/Folhapress
Imagem: Alan Marques/Folhapress

Os dois especialistas recomendam o Tesouro Selic como a melhor opção de investimento do momento.

Já o Tesouro IPCA+, que são papéis indexados à inflação, também é uma aplicação recomendada, desde que o investidor mantenha o dinheiro até o final do contrato.

"Isso porque se o investidor sacar o dinheiro antes, poderá perder por causa da oscilação do preço do papel, a chamada marcação a mercado", diz Cabral.

O mesmo acontece com o Tesouro Prefixado, que paga um valor já previamente conhecido de juros. Se o investidor aguarda o fim do contrato, recebe o valor contratado. Se retira antes, pode ganhar ou perder dinheiro.