Com recessão técnica, mercado piora estimativa e vê queda de 2,26% no PIB
As projeções de economistas para o PIB (Produto Interno Bruto) pioraram novamente, após o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgar que o PIB do segundo trimestre encolheu 1,9%, e o Brasil está em recessão técnica.
A expectativa dos economistas, de acordo com levantamento divulgado nesta segunda-feira (31) pelo Banco Central, é de que o PIB registre resultado de -2,26%; na semana anterior, a projeção era de -2,06%.
Para a inflação, os analistas diminuíram a previsão pela segunda semana. Agora, eles esperam alta de 9,28% nos preços em 2015. A previsão anterior era de 9,29%.
A estimativa fica muito acima do limite máximo da meta do governo. O objetivo é controlar a alta dos preços em 4,5% ao ano, mas com tolerância de dois pontos para mais ou menos (ou seja, variando de 2,5% a 6,5%).
A prévia da inflação em agosto desacelerou e ficou em 0,43%, mas atingiu 9,57% em 12 meses, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Para o dólar, a estimativa foi mantida em R$ 3,50; para a Selic, a taxa básica de juros, a previsão, de 14,25%, também não mudou.
Na última reunião, o BC subiu a Selic em 0,5 ponto percentual, de 13,75% para 14,25% ao ano. São os maiores juros em nove anos, desde agosto de 2006, quando a taxa também estava em 14,25%.
Entenda o que é o boletim Focus
Toda segunda-feira, o BC divulga um relatório de mercado conhecido como Boletim Focus, trazendo as apostas de economistas para os principais indicadores econômicos do país.
Mais de 100 instituições são ouvidas e, excluindo os valores extremos, o BC calcula uma mediana das perspectivas do crescimento da economia (medido pelo Produto Interno Bruto, o PIB), perspectivas para a inflação e a taxa de câmbio, entre outros.
Mediana apresenta o valor central de uma amostra de dados, desprezando os menores e os maiores valores.
(Com Reuters)
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