Logo Pagbenk Seu dinheiro rende mais
Topo

Prévia da inflação fica em 0,92% em janeiro, a maior para o mês desde 2003

Stefan Wermuth/Reuters
Imagem: Stefan Wermuth/Reuters

Do UOL, em São Paulo

22/01/2016 09h05

O IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor - Amplo 15), considerado uma prévia da inflação oficial (IPCA), ficou em 0,92% entre o final de dezembro e o começo de janeiro. É a maior alta de preços medida pela IPCA-15 para meses de janeiro desde 2003 (1,98%).

O valor representa uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando o indicador havia registrado alta de 1,18% nos preços. 

Em 12 meses, o indicador acumula alta de 10,74%.

O objetivo do governo é manter a alta dos preços em 4,5% ao ano, mas há uma tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, a inflação pode variar entre 2,5% e 6,5%.

Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (22).

A prévia da inflação em janeiro coincide com a prevista por analistas consultados pela agência de notícias Reuters. 

Alimentação

Mesmo desacelerando em relação a dezembro, a alta dos preços do grupo de alimentação e bebidas foi a que exerceu a maior influência para o resultado de janeiro, com impacto de 0,42 ponto percentual. O grupo subiu 1,67% no período.

Essa foi a maior alta entre os grupos, seguida pelo avanço de 1% nos preços de despesas pessoais.

Apesar das expectativas persistentemente altas de inflação, o Banco Central decidiu na última quarta-feira manter a taxa básica de juros em 14,25% em meio a pressões para que não mexesse na Selic devido à forte recessão econômica. 

A taxa de juros é um dos principais instrumentos usados pelo BC para controlar a inflação. 

2015 terminou com inflação de 10,67%

A inflação oficial no Brasil fechou 2015 em 10,67%, muito acima do limite máximo da meta do governo. Foi a maior alta de preços anual desde 2002 (12,53%).

Quando o número foi divulgado, o IBGE avisou que o brasileiro poderia esperar mais aumentos de preços em janeiro.

Tarifas de ônibus, contas de luz, água e esgoto pesariam mais no bolso das famílias neste mês, de acordo com a coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos.

Nesta semana, economistas projetaram, no boletim Focus, do Banco Central, que a inflação em 2016 será de 7%.

Metodologia

O indicador refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.

A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

(Com Reuters)