Aumento nos transportes deve pesar na inflação de janeiro, segundo IBGE
O aumento nos preços dos transportes foi um dos itens de maior influência para a aceleração da inflação em dezembro do ano passado. Em janeiro, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o grupo deve ter mais uma vez um peso importante, com o impacto das altas das passagens de ônibus, metrô e pedágios.
"Ônibus urbanos em algumas regiões já anunciaram aumento, e o impacto já será visto em janeiro", disse Eulina Nunes, coordenadora do IBGE. "O transporte é muito importante no bolso do consumidor."
Segundo ela, o começo do ano costuma ter a maior parte dos aumentos relacionados a transporte.
Em Belo Horizonte, por exemplo, a tarifa da maioria dos ônibus da cidade subiu, no início do mês, de R$ 3,70 para R$ 4,05, um reajuste médio de 9,4%. Veja aumentos que devem pesar na inflação de janeiro:
Ônibus urbano
- Belo Horizonte: 9,40% a partir de 3 de janeiro
- Brasília: 16,2% a partir de 2 de janeiro
- Salvador: 9,09% a partir de 2 de janeiro
- Campo Grande: 8,61% a partir de 22 de dezembro
Outros
- Táxi em Recife: 7,87% a partir de 1º de janeiro
- Metrô em Brasília: 25% a partir de 2 de janeiro
- Ônibus intermunicipal em Salvador: 8,42% a partir de 26 de dezembro
- Pedágio urbano no Rio de Janeiro: 40,16% a partir de 5 de dezembro
Combustíveis e passagens pesaram em dezembro
Os dados do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de dezembro e de 2016 como um todo foram divulgados nesta quarta-feira (11) pelo IBGE. Em dezembro, as passagens aéreas (26,29%) e a gasolina (1,75%) foram as principais responsáveis pela inflação dos transportes (1,11%).
Segundo o IBGE, houve alta de preços em outros itens desse grupo, como:
- seguro de veículo (2,92%),
- diesel (1,47%)
- etanol (0,75%) e
- conserto de veículo (0,57%).
Inflação em 2016
A inflação oficial no Brasil fechou 2016 em 6,29%, dentro do limite máximo da meta do governo. O objetivo era manter a alta dos preços em 4,5% ao ano, mas com tolerância de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, podendo oscilar de 2,5% a 6,5%.
Em 2015, a alta dos preços havia sido de 10,67%, a maior desde 2002.
Somente no mês de dezembro, a alta de preços foi de 0,3%. O valor representa aceleração em relação a novembro (0,18%), mas é o menor para o mês desde 2008.
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