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Aumento nos transportes deve pesar na inflação de janeiro, segundo IBGE

Paula Bianchi

Do UOL, no Rio

11/01/2017 12h43

O aumento nos preços dos transportes foi um dos itens de maior influência para a aceleração da inflação em dezembro do ano passado. Em janeiro, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o grupo deve ter mais uma vez um peso importante, com o impacto das altas das passagens de ônibus, metrô e pedágios.

"Ônibus urbanos em algumas regiões já anunciaram aumento, e o impacto já será visto em janeiro", disse Eulina Nunes, coordenadora do IBGE. "O transporte é muito importante no bolso do consumidor."

Segundo ela, o começo do ano costuma ter a maior parte dos aumentos relacionados a transporte.

Em Belo Horizonte, por exemplo, a tarifa da maioria dos ônibus da cidade subiu, no início do mês, de R$ 3,70 para R$ 4,05, um reajuste médio de 9,4%. Veja aumentos que devem pesar na inflação de janeiro:

Ônibus urbano

  • Belo Horizonte: 9,40% a partir de 3 de janeiro
  • Brasília: 16,2% a partir de 2 de janeiro
  • Salvador: 9,09% a partir de 2 de janeiro
  • Campo Grande: 8,61% a partir de 22 de dezembro

Outros

  • Táxi em Recife: 7,87% a partir de 1º de janeiro
  • Metrô em Brasília: 25% a partir de 2 de janeiro
  • Ônibus intermunicipal em Salvador: 8,42% a partir de 26 de dezembro
  • Pedágio urbano no Rio de Janeiro: 40,16% a partir de 5 de dezembro

Combustíveis e passagens pesaram em dezembro

Os dados do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de dezembro e de 2016 como um todo foram divulgados nesta quarta-feira (11) pelo IBGE. Em dezembro, as passagens aéreas (26,29%) e a gasolina (1,75%) foram as principais responsáveis pela inflação dos transportes (1,11%). 

Segundo o IBGE, houve alta de preços em outros itens desse grupo, como:

  • seguro de veículo (2,92%),
  • diesel (1,47%)
  • etanol (0,75%) e
  • conserto de veículo (0,57%). 

Inflação em 2016

A inflação oficial no Brasil fechou 2016 em 6,29%, dentro do limite máximo da meta do governo. O objetivo era manter a alta dos preços em 4,5% ao ano, mas com tolerância de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, podendo oscilar de 2,5% a 6,5%.

Em 2015, a alta dos preços havia sido de 10,67%, a maior desde 2002. 

Somente no mês de dezembro, a alta de preços foi de 0,3%. O valor representa aceleração em relação a novembro (0,18%), mas é o menor para o mês desde 2008. 

 

Por que a inflação no nosso bolso parece maior do que a inflação oficial?

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