Governo estima rombo de R$ 129 bi em 2018 e diz que previsão é "realista"
O governo aumentou nesta sexta-feira (7) a previsão de rombo nas contas para o ano que vem. A meta é de um deficit primário de R$ 129 bilhões para o governo central (governo federal, Banco Central e Previdência) em 2018, informou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, muito acima da previsão anterior de um rombo de R$ 79 bilhões.
A projeção para 2017 é de um rombo de R$ 139 bilhões.
"Estamos fazendo um projeção realista, que mostra uma melhora substancial em relação aos anos anteriores", afirmou Meirelles, durante o anúncio sobre a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2018, que deve ser enviada para o Congresso Nacional até 15 de abril.
Os números não incluem os possíveis resultados da reforma da Previdência, caso a proposta seja aprovada. De acordo com o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, a projeção de deficit da Previdência para 2018 é de R$ 202,2 bilhões. Para 2017, a previsão é de R$ 188,8 bilhões.
O governo também anunciou nesta sexta-feira que vai propor salário mínimo de R$ 979 em 2018.
Impostos
Segundo o ministro Henrique Meirelles, não há previsão de aumento de impostos em 2018.
Na semana passada, o governo já havia anunciado um corte de R$ 42,1 bilhões em despesas públicas federais para cobrir um rombo extra de R$ 58,2 bilhões no Orçamento deste ano.
Além de cortar gastos, o governo também anunciou duas medidas para aumentar a arrecadação. A primeira foi a retomada da cobrança de impostos de empresas de 54 setores da economia, que tinham direito ao desconto sobre a folha de pagamento --a chamada desoneração. A segunda foi o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) cobrado das cooperativas de crédito.
As medidas da semana passada têm o objetivo de manter o cumprimento da meta fiscal de 2017, que prevê rombo R$ 139 bilhões nas contas públicas.
(Com Reuters)
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