BC decide hoje sobre juros, e mercado aposta no maior corte desde 2009
O Banco Central deve anunciar um novo corte na Selic, a taxa básica de juros do país, que está em 12,25% ao ano desde fevereiro. A expectativa é de corte de 1 ponto percentual, para 11,25% ao ano, segundo 46 dos 47 analistas ouvidos pela agência de notícias Reuters. Um deles aposta em um um corte ainda maior, de 1,25 ponto, para 11%.
A decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC deve ser divulgada nesta quarta-feira (12), após as 18h.
Se isso se confirmar, será o maior corte desde junho desde 2009 (quando a Selic caiu de 10,25% para 9,25%). Será, ainda, o menor nível para os juros desde outubro de 2014 (quando a Selic também estava em 11,25%).
Esse será o terceiro encontro do Copom neste ano. Nas últimas quatro reuniões, o BC decidiu cortar a Selic.
Juros X Inflação
Os juros são usados pelo Banco Central para tentar controlar a inflação. De modo geral, quando a inflação está alta, o BC sobe os juros para reduzir o consumo e forçar os preços a caírem. Quando a inflação está baixa, o BC derruba os juros para estimular o consumo.
A meta é manter a inflação em 4,5% ao ano, mas há uma tolerância de 1,5 ponto, ou seja, pode variar entre 3% e 6%.
Juros para o consumidor são mais altos
A Selic é a taxa básica da economia e serve de referência para outras taxas de juros (financiamentos) e para remunerar investimentos corrigidos por ela. Ela não representa exatamente os juros cobrados dos consumidores, que são muito mais altos.
Segundo os últimos dados divulgados pelo BC, a taxa de juros do cheque especial subiu em agosto e atingiu 327% ao ano, e os juros do rotativo do cartão de crédito ficaram em 481,5% ao ano.
(Com Reuters e Agência Brasil)
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