Brasil perde US$ 1 bi por ano com barreiras contra seus produtos, diz CNI
A aplicação de medidas de defesa comercial (protecionistas) contra o Brasil tem feito o país perder US$ 1 bilhão por ano em exportações, segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira (10) pela CNI (Confederação Nacional da Indústria). O estudo levou em conta 13 medidas aplicadas contra o país de 2015 a 2017.
Segundo a análise, quando uma medida é aplicada contra um produto brasileiro, as exportações da mercadoria caem, em média, 86% nos 12 meses seguintes. As principais medidas de defesa comercial aplicadas contra o país são a imposição de tarifas "antidumping", de antissubsídios (ou medidas compensatórias) e de salvaguardas.
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A CNI diz que os setores mais afetados são os de metais, com oito medidas, de papel, com três medidas, e de açúcar, com duas medidas. O relatório mostra, ainda, que a aplicação dos instrumentos de defesa comercial contra o Brasil tem se acelerado. O número de novas medidas passou de duas em 2015 para seis em 2016 e nove em 2017.
EUA lideram em medidas protecionistas
Os Estados Unidos são o país que mais aplicou medidas protecionistas contra o Brasil no período analisado, com três instrumentos comerciais sobre as exportações de metais, um sobre papel e um sobre borracha.
O período analisado pelo estudo só vai até 2017 e, portanto, não abarca as tarifas norte-americanas a exportações adotadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, neste ano.
Entidade recomenda agilidade
A CNI sugere que o governo brasileiro fortaleça o sistema de defesa comercial e acompanhe os produtos em que o Brasil é competitivo para antecipar-se à aplicação de algum instrumento contra o país.
Uma das recomendações é que o governo acelere a liberação de documentos que empresas investigadas precisam entregar a outros países, depois que uma investigação comercial é iniciada.
A entidade também sugere que o governo brasileiro acompanhe se a medida de defesa comercial respeita as regras da OMC (Organização Mundial do Comércio).
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