Reforma da Previdência de Guedes pode manter faixa de transição de 20 anos
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira (8) que a reforma da Previdência estudada por sua equipe pode manter o período de transição de 20 anos proposto na PEC (Proposta de Emenda Constitucional) enviada ao Congresso pelo governo Michel Temer.
Em conversa com jornalistas após reunião com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, Guedes falou sobre a faixa de transição. "A proposta que existia antes previa transição de 20 anos. Nós estamos fazendo algo da mesma profundidade, embora eu ache que o sistema de capitalização que nós estamos desenhando é algo bastante mais robusto", disse.
O sistema de capitalização prevê que cada trabalhador poupe individualmente para sua aposentadoria no futuro. No sistema de hoje, os trabalhadores da ativa sustentam a aposentadoria dos mais velhos. "[A capitalização] é mais difícil, o custo de transição é alto, mas nós estamos trabalhando para as futuras gerações", afirmou Guedes.
Questionado se o o modelo de capitalização deve ser incluído na proposta que o governo pretende enviar ao Congresso neste ano, o ministro da Economia respondeu que sim. "Está tudo junto. Palavra 'fatiada' nesse aspecto [enviar primeiro uma reforma da Previdência atual e só depois uma proposta de capitalização] não."
Nova reforma só daqui a 20 ou 30 anos, diz Lorenzoni
Ao lado de Guedes, o ministro Onyx Lorenzoni afirmou que o objetivo da reforma da Previdência em estudo é que ela dure por 20 anos ou mais. "Olhar do ministro Paulo Guedes e sua equipe é de resolver o problema de hoje, mas olhar também para o longo prazo. Nós queremos que a sociedade brasileira só volte a falar de reforma da Previdência daqui 20 ou 30 anos, ou seja, é com olhar de longo prazo, fraterno e humano que nós vamos trazer a proposta."
Lorenzoni também disse que a equipe econômica tem feito simulações para chegar a uma proposta de reforma que dê tranquilidade ao governo e ao Congresso. "A proposta só será conhecida após as simulações que o ministro Paulo Guedes está fazendo e a decisão do presidente Jair Bolsonaro", declarou.
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