IPCA
0,83 Mar.2024
Topo

"É hora de deixar o produtor trabalhar", diz empresário rural

Eliane Silva

Colaboração para o UOL, em Ribeirão Preto (SP)

13/01/2019 04h00Atualizada em 13/01/2019 17h12

"Não há maior exemplo de preservação ambiental no mundo que o Brasil. Está na hora de parar com essa intimidação e deixar o produtor trabalhar", disse Mauricio Silveira Coelho, dono da fazenda Santa Luzia, em Passos, uma das maiores produtoras de leite do país, com 36 mil litros por dia.

Segundo ele, os produtores já cumprem uma legislação ambiental rigorosa e só cabe mais regulamentação nas áreas que ainda não foram desmatadas.

Leandro Pinto, dono da granja Mantiqueira, maior produtora de ovos da América Latina com 6,5 milhões de unidades por dia, disse que as duas últimas gerações de agropecuaristas aprenderam com tecnologia e novos sistemas a produzir mais em áreas menores preservando e respeitando o meio ambiente.

"Há 50 anos, o Banco do Brasil emprestava dinheiro para desmatar. Hoje, se desmatar, o produtor não recebe nada. Além disso, o agricultor sabe que não pode brigar com a natureza, pois ela sempre se vinga."

Valter Pitol, presidente da Copacol, cooperativa agroindustrial paranaense que produz aves, suínos e peixes, disse que a empresa investiu mais de R$ 20 milhões em 2018 em preservação do meio ambiente em suas unidades.

Rodrigo Justus de Brito, assessor técnico de meio ambiente da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), afirma que o Brasil tem as regras mais restritivas de uso de terras para o agronegócio no mundo e que uma falsa percepção dos ambientalistas provoca uma politização desnecessária que contrapõe produção agropecuária e meio ambiente.

Para Lucas Galvan, diretor-executivo do Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do MS), entidade que já teve a nova ministra da Agricultura, Teresa Cristina, como diretora, o Brasil tem conquistado patamares cada vez maiores de produção mantendo altos níveis de preservação ambiental em relação a outros países produtores. Ele destaca que o Estado preserva 85% do bioma Pantanal.

PUBLICIDADE
Errata: este conteúdo foi atualizado
O texto afirmava que o nome do presidente da Copacol é Valter Picol. O correto é Valter Pitol. A informação foi corrigida.