IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Bolsonaro definirá idade mínima e transição na Previdência, diz Guedes

Davi Alcolumbre (à esq) e Paulo Guedes - Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Davi Alcolumbre (à esq) e Paulo Guedes Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Antonio Temóteo

Do UOL, em Brasília

07/02/2019 18h14

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira (7) que o presidente Jair Bolsonaro decidirá, após receber alta do hospital, as regras de transição e as idades mínimas para aposentadoria na reforma da Previdência. As afirmações foram feitas após um encontro do ministro com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

"O presidente está se recuperando. Quando ele voltar, definirá algumas variáveis importantes como tempo de transição, as idades e se o novo regime [trabalhista] vem agora ou depois. É perfeitamente possível consertar esse regime que está aí e lançar as bases de um novo regime", disse. 

Bolsonaro segue internado em São Paulo após passar por cirurgia. 

Guedes afirmou que o regime previdenciário não é sustentável do ponto de vista fiscal e que os trabalhadores pagam por privilégios de uma minoria. 

"Temos 46 milhões de brasileiros que não contribuem para o sistema porque os encargos trabalhistas são altos. Os sindicatos, na verdade, foram criados em um governo fascista. O regime trabalhista brasileiro é oriundo da 'Carta del Lavoro', do ditador [italiano Benito] Mussolini", afirmou. 

Alcolumbre disse que convidou Guedes para um encontro para ouvir quais serão as principais bases da reforma da Previdência. Ele declarou que ficou surpreso com o que foi apresentado. O presidente do Senado também disse que a reforma é necessária para preservar as gerações futuras. 

"Os partidos, o governo, a sociedade e o Parlamento terão autoridade para discutir a reforma. O Congresso vai recepcionar essa proposta que está sendo discutida pelo ministro da Economia e pelo presidente da República. O Senado aguarda ansiosamente o texto", disse.

Ministro critica sindicatos

Guedes também criticou sindicalistas e líderes sindicais que são contra a reforma trabalhista e a criação da carteira de trabalho verde e amarela. Segundo ele, as lideranças precisam ter paciência porque não conhecem as propostas do governo. 

"A única certeza que os sindicatos podem ter é que a vida não vai ser como antigamente, quando os líderes sindicais tinham uma vida muito boa às custas dos trabalhadores que não têm emprego nem benefícios previdenciários corretos", disse. 

Aposentado que trabalha pode sacar FGTS todo mês?

UOL Notícias