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Bolsonaro antes achava "falta de humanidade" aposentadoria aos 65 anos

Mariana Bomfim

Do UOL, em São Paulo

21/02/2019 12h20

O presidente Jair Bolsonaro entregou sua proposta de reforma da Previdência ao Congresso, que prevê uma idade mínima de 65 anos para a aposentadoria de homens e de 62 para mulheres. A idade mínima contraria declarações dadas pelo presidente no passado.

Durante a campanha eleitoral, em 2018, Bolsonaro chegou a dizer que a idade mínima de 65 era "falta de humanidade". Na época, afirmou que o desequilíbrio das contas públicas não tinha qualquer relação com a Previdência e que jamais atuaria para levar "miséria" aos aposentados por exigência do mercado financeiro. 

Logo depois da posse, em entrevista ao SBT, o presidente disse que a sua equipe estava estudando criar uma idade mínima de 62 para homens e de 57 para mulheres até o final de 2022. 

Divergência com Paulo Guedes

No caso da atual proposta, a idade mínima teria sido alvo de divergência entre o presidente e a equipe econômica, segundo o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho.

De acordo com Marinho, o ministro Paulo Guedes queria 65 anos para homens e mulheres e uma transição em 10 anos, mas Bolsonaro preferia 65 para homens e 60 para mulheres, com transição mais longa. Bateram o martelo em 65 e 62 anos, diferenciando homens e mulheres, com transição em 12 anos.

Presidente disse que "errou" no passado

Ao entregar a proposta ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, Bolsonaro disse que errou ao ter se posicionado contra a reforma da Previdência quando era deputado federal.

O presidente tem um histórico de posicionamentos contrários às tentativas de mudar o sistema de aposentadorias. Votou contra a reforma nos governos de Fernando Henrique Cardoso e de Luiz Inácio Lula da Silva. 

Entenda a proposta de reforma da Previdência em 10 pontos

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