Edital para novo leilão de aeroportos deve ser apresentado na segunda-feira
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas afirmou hoje que o governo apresentará na próxima segunda-feira (18) o edital de chamamento para a sexta rodada de concessão de aeroportos. Freitas deu a informação em entrevista coletiva após o leilão de privatização de 12 aeroportos na B3.
A próxima rodada também trará três blocos, com terminais das regiões Norte e Sul, e outro grupo, chamado de Eixo Central. A previsão é que o leilão ocorra em agosto de 2020.
Na prática, o edital dá início aos estudos para a próxima rodada de leilões de aeroportos, definindo valores por cada bloco e expectativas de investimentos. Serão colocados em leilão mais 22 terminais.
O Bloco Sul, formado por nove aeroportos:
- Curitiba (PR)
- Foz do Iguaçu (PR)
- Londrina (PR)
- Navegantes (SC)
- Joinville (SC)
- Pelotas (RS)
- Uruguaiana (RS)
- Bagé (RS)
O Bloco Norte engloba sete aeroportos:
- Manaus (AM)
- Tabatinga (AM)
- Tefé (AM)
- Porto Velho (RO)
- Rio Branco (AC)
- Cruzeiro do Sul (AC)
- Boa Vista (RR)
No terceiro lote, o chamado Eixo Central, estão seis aeroportos:
- Goiânia (GO)
- São Luís (MA)
- Imperatriz (MA)
- Teresina (PI)
- Palmas (TO)
- Petrolina (PE)
A sétima rodada de concessão de aeroportos, prevista para o primeiro semestre de 2022, incluirá os terminais de Congonhas, em São Paulo, e Santos Dumont, no Rio de Janeiro.
"Congonhas e Santos Dumont ficam para a última rodada. Como são aeroportos muito importantes, eles vão ajudar a compor a sustentabilidade da Infraero. Por isso vamos aguardar os preços irem se sustentando no mercado", afirmou o ministro Tarcísio de Freitas.
Lances superam outorga
Na tarde desta sexta-feira, foram leiloados em São Paulo 12 aeroportos. O certame superou a outorga estipulada pelo governo de R$ 218,7 milhões. No total, os lances pelos três blocos somaram R$ 2,377 bilhões.
Os terminais concedidos estão localizados nas regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste, e, juntos, recebem 19,6 milhões de passageiros por ano, o que equivale a 9,5% do mercado nacional de aviação. O investimento previsto para os três blocos é de R$ 3,5 bilhões, no período de 30 anos.
O primeiro bloco arrematado foi o do Nordeste, que teve o maior número de ofertas. Formado pelos aeroportos de João Pessoa e Campina Grande, ambos na Paraíba; do Recife; de Maceió e de Aracaju e de Juazeiro do Norte, no Ceará, o bloco recebeu seis propostas.
O maior lance foi do grupo espanhol Aena Desarrollo Internacional, que ofereceu R$ 1,9 bilhão para pagamento à vista, um ágio de 1.010,69%. Em segundo lugar, ficou o grupo suíço Zurich Aiport, com oferta de R$ 1,851 bilhão, um ágio de 982,05%. O grupo também arrematou o Bloco Sudeste. Em terceiro lugar, o Consórcio Região Nordeste, que ofertou R$ 1,785 bilhão, com ágio de 949,31%.
O Bloco Centro-Oeste, formado pelos aeroportos de Cuiabá, Rondonópolis, Sinop e Alta Floresta, em Mato Grosso, recebeu duas propostas: a do vencedor, Consórcio Aeroeste, de R$ 40 milhões, um ágio de 4.739%, e a do Consórcio Construcap-Agunsa, que ofereceu R$ 31,5 milhões, com ágio de 3.711,01%.
Para o Bloco Sudeste, formado pelos terminais de Macaé, no Rio de Janeiro, e de Vitória, no Espírito Santo, foram apresentadas quatro propostas. A Zurich Aiport venceu, com oferta de R$ 437 milhões, ágio de 830,15%. As outras ofertas foram da ADP do Brasil, R$ 304 milhões, ágio de 547%; da CPC (Companhia de Participações em Concessões), R$ 167 milhões, ágio de 255,47%, e da Fraport, com oferta de R$ 125,002 milhões, ágio de 166,07%.
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