Mourão: reforma deve ser aprovada até o começo do 2º semestre
O presidente da República em exercício, Hamilton Mourão, disse hoje acreditar que a reforma da Previdência deve ser aprovada no Congresso até o meio deste ano, no máximo no começo do próximo semestre.
Em encontro com o governador de São Paulo, João Doria, ele agradeceu o apoio da bancada paulista, oferecido por Doria, nas votações.
"Contamos com o apoio do estado de São Paulo na busca da aprovação dessa reforma. Se tudo correr bem, até o final desse semestre, começo do próximo", disse Mourão.
Doria, que é do PSDB, disse que não tem "alinhamento partidário" com o partido de Bolsonaro, o PSL. "Nem é preciso, temos um alinhamento com o Brasil. Todas as causas que o general Mourão, na condição de presidente interino ou como vice-presidente, ou que o presidente Bolsonaro tiverem a favor do Brasil, nós estaremos ao lado deles."
Segundo Mourão, o governo tem "muito claro o ponto de partida para a reformulação pretendida para o nosso país". "Se não fizermos nada, as gerações mais jovens vão nos perguntar onde estávamos que não fizemos nada. É nossa responsabilidade levar isso adiante e iniciar um processo, um ciclo virtuoso de atração de investimentos e das outras reformas que serão necessárias para atingir o equilíbrio fiscal e entrar em um crescimento sustentável."
Proposta para militares deve sair esta semana
Em seu breve pronunciamento, Mourão não fez qualquer menção ao que será proposto na reforma previdenciária dos militares. Mais cedo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo está correndo para finalizar o projeto com as mudanças nas aposentadorias dos militares para que seja ele enviado até quarta-feira (20).
"O presidente não viu ainda. Estamos correndo para ver se entra na quarta, que era a ideia inicial. O presidente vê aí e manda para o Congresso", disse Guedes em conversa com jornalistas em Washington, onde se acompanha visita de Bolsonaro e outros ministros.
Bolsonaro chega de volta ao Brasil na madrugada de quarta e já quinta-feira (21) viaja para o Chile. A intenção é que o presidente aprove os ajustes a tempo de enviar o projeto ao Congresso ainda na quarta, como prometido aos parlamentares.
Os deputados disseram que a reforma da Previdência não avançará enquanto o projeto para os militares não chegar ao Congresso.
Reforma precisa passar pela Câmara e pelo Senado
Para entrar em vigor, a reforma da Previdência precisa ser aprovada em dois turnos pela Câmara dos Deputados e pelo Senado. Antes de chegar ao plenário das duas casas, o projeto precisa passar por comissões.
Na Câmara, a porta de entrada é a CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania), que foi instalada na semana passada. Hoje, o presidente da comissão, deputado Felipe Francischini (PSL-PR), afirmou que a reforma deve ser votada no colegiado por volta do dia 3 de abril.
O parlamentar espera determinar um relator para a reforma da Previdência na comissão assim que o governo enviar a proposta para os militares.
(Com Estadão Conteúdo e Reuters)
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