Guedes: Sistema S, de Sesi e Sesc, financia campanha política e compra leis
Em uma palestra para empresários em Campos do Jordão (SP), o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou hoje a criticar o sistema S, que sustenta Sesi, Senai e Sesc, dentre outros.
O ministro afirmou que as entidades arrecadam recursos, destinam pouco dinheiro para educação e usam o restante para financiar campanhas políticas e comprar apoio para aprovar leis favoráveis.
"Nada contra a educação no sistema S, mas você recolhe 100, gasta 20 com educação e 80 financiando campanha política, tentando aprovar legislação favorável, comprar prédio no Rio de Janeiro para diretor. Está sobrando dinheiro", disse durante palestra sobre a reforma da Previdência e medidas para recuperar a economia.
No centro desse embate estão a CNI (Confederação Nacional da Indústria), o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e a CNC (Confederação Nacional do Comércio). Essas entidades administram a rede de Sesi, Senai e Sesc.
Guedes trava uma disputa com líderes das principais entidades do sistema S para assumir o comando de um orçamento de quase R$ 18 bilhões e poder usar esse dinheiro no custeio de projetos do governo.
Ministro afirma que encargos trabalhistas destroem empregos
Além de criticar o sistema S, Guedes voltou a culpar os encargos trabalhistas pelo desemprego. Segundo ele, o Brasil tem 36 milhões de pessoas que não contribuem para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) porque um trabalhador com carteira assinada custaria ao empregador o salário de dois.
"O modelo econômico é ruim e se esgotou. Temos de reformá-lo. Os encargos trabalhistas são armas de destruição em massa de empregos."
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