Todos vão pagar a conta do diesel, inclusive os caminhoneiros, diz Maia
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse hoje em São Paulo que nenhuma solução para o preço do diesel será positiva, já que algum lado sairá insatisfeito.
"Acho que o governo vai ter que sair dessa decisão da semana passada com alguma solução, e nenhuma delas será positiva", afirmou Maia durante evento das revistas Veja e Exame sobre os 100 primeiros dias do governo de Jair Bolsonaro (PSL).
Na sexta-feira, por ordem de Bolsonaro, a Petrobras suspendeu o aumento de 5,74% no preço do diesel. Sob o risco de uma greve de caminhoneiros, o presidente disse que quer conversar com a empresa sobre sua política de preços. O resultado da intervenção foi a perda de R$ 32 bilhões no valor de mercado da Petrobras e uma queda de quase 2% na Bolsa de Valores de São Paulo.
Segundo o deputado, uma solução que parece a melhor no curto prazo pode não ser sustentável no médio e longo prazos. Assim, "todos vão pagar a conta, inclusive os próprios caminhoneiros".
"A Petrobras perder R$ 32 bilhões de valor beneficia a quem? Ninguém", disse. "As consequências da intervenção de um governo liberal em uma empresa de capital aberto não serão positivas para ninguém."
Perguntado sobre a "conversão" de Bolsonaro ao liberalismo econômico, Maia disse que o presidente fez uma aliança com os liberais por meio do ministro da Economia, Paulo Guedes -tratado por Maia como o "fiador" da aliança- para que a pauta econômica fosse prioridade do governo.
"Se ele vai mudar a política, passa a ter o risco de um segundo problema. Fica com o ministro Paulo Guedes no meio de uma política intervencionista, ele sendo um dos maiores liberais que o Brasil tem", declarou.
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