Bolsonaro não vai interferir nos juros do BB, diz porta-voz do Planalto
O "apelo" do presidente Jair Bolsonaro (PSL) para que o Banco do Brasil reduza os juros para o setor agropecuário foi feito em "um ambiente muito amigável" e, por esse motivo, não deveria ter sido levado a sério pelo mercado, disse hoje o porta-voz do Planalto, general Otávio Rêgo Barros.
"Obviamente, o presidente não quer e não intervirá em qualquer aspecto que esteja relacionado a juros nos bancos que estão, em tese, sob o guarda-chuva do governo", disse.
Bolsonaro fez o pedido ao presidente da estatal, Rubem Novaes, durante a Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação), feira do setor agropecuário realizada em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo).
"Apelo, Rubem, para seu coração e patriotismo, que esses juros caiam um pouco mais", disse.
Depois da declaração, as ações do BB, que operavam em alta, chegaram a cair 1% logo depois do episódio. Ao longo da tarde, porém, voltaram a subir e fecharam com leve ganho de 0,04%, a R$ 49,37.
Em 2012, a então presidente Dilma Rousseff (PT) foi criticada por economistas e pelo mercado financeiro por determinar que bancos públicos, como o BB, baixassem os juros.
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