Incertezas para aprovação das reformas afetam o PIB, diz presidente do BC
O presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, afirmou hoje, em audiência pública conjunta de sete comissões do Congresso Nacional, que as incertezas quanto a aprovação das reformas fiscais, em especial a da Previdência, tem efeitos negativos sobre a atividade econômica.
"Em especial, incertezas afetam decisões de investimento que envolvem elevado grau de irreversibilidade e, por conseguinte, necessitam de maior previsibilidade em relação a cenários futuros. Há também outros fatores que podem restringir o crescimento econômico, diante da necessidade de ajustes profundos na economia brasileira, especialmente os de natureza fiscal", disse.
O BC já afirmou que no primeiro trimestre de 2019 a economia deve registrar um resultado negativo. Diante das incertezas, o ministro da Economia, Paulo Guedes, já declarou que a projeção para o crescimento no ano foi revisada de 2% para 1,5%.
Segundo Campos Neto, se as incertezas sobre a aprovação das reformas persistirem, a tendência é de que a economia não cresça. Por outro lado, se as propostas que tramitam no Congresso forem aprovadas, há expectativa de alta do PIB (Produto Interno Bruto).
"Entendemos que, por um lado, a manutenção de incertezas quanto à sustentabilidade fiscal tende a ser contracionista. Acertando a trajetória fiscal, teremos um aumento dos investimentos", declarou.
Reformas ajudariam a manter juro e inflação baixos
Campos Neto também declarou que a aprovação de reformas para equilibrar as contas públicas é fundamental para a recuperação da economia, além de manter os juros baixos e a inflação controlada.
"A aprovação e a implementação das reformas, notadamente as de natureza fiscal, e de ajustes na economia brasileira é essencial para a manutenção da inflação baixa nos médio e longo prazos, bem como para a queda da taxa de juros estrutural e para a recuperação da economia", disse.
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