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Guedes diz que foi cotado por Dilma para a Fazenda; ex-presidente nega

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Imagem: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Antonio Temóteo e Mariana Bomfim

Do UOL, em Brasília e em São Paulo

04/06/2019 17h43

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou hoje que foi sondado pela então presidente Dilma Rousseff para ocupar o cargo de ministro da Fazenda, em 2015, no lugar de Joaquim Levy. Guedes participa hoje de audiência sobre a reforma da Previdência na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.

O ministro disse que encontrou Dilma no Palácio da Alvorada em um jantar. Na reunião, teria sugerido a ela que o governo reformasse o sistema de aposentadorias e dito que, sem a reforma, a inflação aceleraria, e o desemprego aumentaria.

Guedes afirmou que, naquele momento, não imaginava que a ex-presidente passaria por um processo de impeachment, mas que esperava que o seu governo terminasse com inflação de 20% a 30% e "desemprego maciço".

O ministro de Bolsonaro declarou que o jantar foi seu único encontro com Dilma.

Dilma nega ter feito qualquer convite a Guedes

Procurada pelo UOL, Dilma negou que tenha feito qualquer convite a Guedes.

Segundo a assessoria de imprensa da ex-presidente, o ex-ministro da Fazenda, Delfim Netto, levou Guedes a um encontro com Dilma "para conversar sobre a conjuntura econômica" do país. "Apesar disso, não houve um convite. Paulo Guedes está mentindo", disse.

A assessoria também declarou que já havia desmentido a afirmação de Guedes no ano passado, durante a campanha eleitoral.

Guedes condiciona o aumento real do salário mínimo à aprovação de reformas

UOL Notícias
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Errata: este conteúdo foi atualizado
Uma versão anterior deste texto informava, incorretamente, que Paulo Guedes previa 30 milhões de desempregados no final do governo Dilma Rousseff. Na verdade, Guedes disse que previa "desemprego maciço", mas não mencionou número. A informação foi corrigida.