Inflação desacelera a 0,01% em junho, a menor taxa do ano, diz IBGE
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial no país, foi de 0,01% em junho, na menor taxa do ano, após ficar em 0,13% em maio. Em 2019, o índice acumula alta de 2,23%.
No acumulado de 12 meses, o IPCA foi de 3,37%. O resultado está dentro do limite da meta do governo, de manter a inflação em 4,25% no ano, com uma tolerância de 1,5 ponto para cima ou para baixo, ou seja, podendo variar entre 2,75% e 5,75%. As informações foram divulgadas hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A inflação menor foi puxada pelos preços dos transportes e dos alimentos, que caíram 0,31% e 0,25%, respectivamente, na comparação com maio. "Os dois grupos ajudaram a conter os preços em junho. Eles pesam 43%, quase a metade do IPCA", afirmou o gerente de Índice de Preços do IBGE, Fernando Gonçalves.
Frutas e feijão ficam mais baratos
No caso dos alimentos, a deflação foi impulsionada pela queda dos preços das frutas (-6,14%) e do feijão-carioca (-14,8%). Os dois itens já haviam recuado em abril e em maio. Por outro lado, o tomate (5,25%) e as carnes (0,47%) registraram aumento em junho, de acordo com o IBGE.
Segundo Gonçalves, a oferta maior e a redução no consumo de frutas e hortaliças no inverno ajudam a explicar a redução dos alimentos no mês. "Dependendo do tipo de fruta, as pessoas acabam consumindo menos nesta época do ano. A laranja também está com uma safra boa, por exemplo, então leva a uma baixa nos preços".
Gasolina cai, mas passagem aérea sobe
A deflação nos transportes veio da queda nos preços dos combustíveis, especialmente da gasolina, que recuou 2,04%. Tanto o óleo diesel quanto o etanol ficaram mais baratos, -0,83% e -5,08%, respectivamente. O etanol recuou em todas as áreas pesquisadas.
No lado da alta dos preços, os impactos mais intensos no grupo foram das passagens aéreas, que subiram 18,9%, e dos ônibus urbanos, com alta de 0,39%.
"Essa alta nas passagens aéreas foi por conta dos feriados de junho e da Copa América. Havia também uma base mais baixa em maio, com redução de aproximadamente 20% no preço", disse Gonçalves.
Juros x inflação
Para tentar controlar a inflação, o Banco Central pode usar a taxa de juros. De modo geral, quando a inflação está alta, o BC sobe os juros para reduzir o consumo e estimular a queda de preços. Quando a inflação está baixa, o BC derruba os juros para impulsionar o consumo.
No mês passado, o Comitê de Política Monetária do BC decidiu manter a taxa de juros em 6,5% ao ano, menor nível da história (o Copom foi criado em 1996).
Economistas consultados pelo Banco Central estimam que a inflação no país terminará o ano a 3,8%.
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