Se Terra fosse plana, rotas de aviões pareceriam malucas ou impossíveis
Algumas rotas aéreas podem parecer completamente malucas quando o caminho percorrido pelos aviões é visto em um mapa plano.
Ao fazer a projeção da mesma rota sobre o globo, o caminho mais curto entre dois pontos do planeta pode ser completamente diferente daquele traçado em linha reta sobre o mapa-múndi. Na projeção sobre o globo, esse caminho passa a fazer sentido.
Os defensores do conceito de Terra plana adotam até mesmo outro tipo de mapa, no qual o planeta é um gigantesco disco circundado por uma barreira de gelo, que seria a Antártida. Seja nesse mapa alternativo ou no mapa-múndi tradicional, se a Terra fosse plana, seria impossível os aviões fazerem o caminho que realizam na prática.
Alguns exemplos são rotas como Buenos Aires (Argentina) a Auckland (Nova Zelândia), Santiago (Chile) a Melbourne (Austrália), Nova York (EUA) a Tóquio (Japão) ou Dubai (Emirados Árabes Unidos) a San Francisco (EUA).
Da América do Sul à Oceania
Os voos que partem de Buenos Aires e de Santiago em direção à Oceania seguem em direção ao sul após a decolagem, passando próximo à Antártida até pegar o rumo norte em direção à Nova Zelândia.
Se a Terra fosse plana, seria impossível fazer esse caminho. Considerando o mapa adotado pelos defensores do conceito de Terra plana, os aviões simplesmente bateriam na grande parede de gelo que existiria nas bordas do planeta.
Rotas "malucas"
Ao olhar o caminho dos aviões em um mapa-múndi, algumas rotas parecem ser simplesmente malucas, e não só para os defensores da Terra plana.
Um exemplo clássico pode ser visto em um voo de Dubai a San Francisco, na Califórnia. Ao olhar o mapa, seria natural imaginar que o avião decolaria com sentido ao noroeste, passaria pelo norte da África, cruzaria o oceano Atlântico e os Estados Unidos.
Na prática, porém, o avião faz um caminho completamente diferente. Decola em direção ao norte, passa por Irã, Cazaquistão e Rússia até cruzar o oceano Ártico. Nesse ponto, o avião passa a voar em direção ao sul, já no hemisfério oeste. Ele cruza o Canadá de norte a sul e, finalmente, entra nos Estados Unidos, já na costa oeste do país.
A diferença entre a rota que se imagina ao olhar o mapa-múndi e a real executada pelos aviões é de mais de 2.500 quilômetros.
Outro exemplo é um voo de Nova York a Tóquio. Nesse caso, seria natural imaginar que o avião cruzaria os Estados Unidos e o oceano Pacífico para chegar ao extremo oeste do planeta e ao Japão.
Na prática, o avião decola rumo ao norte, cruza o Canadá até o oceano Ártico, quando passa a voar no sentido sul até o Japão. Esse trajeto é cerca de 2.000 quilômetros mais curto.
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