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Embraer é única brasileira entre 100 maiores empresas do setor aeroespacial

Primeira unidade do avião multimissão KC-390, da Embraer, foi entregue à Aeronáutica no começo de setembro - Divulgação/Embraer
Primeira unidade do avião multimissão KC-390, da Embraer, foi entregue à Aeronáutica no começo de setembro Imagem: Divulgação/Embraer

Alexandre Saconi

Colaboração para o UOL, em São Paulo

07/09/2019 04h00

Resumo da notícia

  • Embraer fica em 28ª posição no ranking das maiores empresas do setor aeroespacial do mundo em 2018
  • Boeing e Airbus estão em 1º e 2º lugares na lista, respectivamente
  • Embraer caiu cinco posições em relação à edição anterior do ranking

Ainda longe das campeãs Boeing e Airbus, a Embraer é a única brasileira entre as cem maiores empresas do setor aeroespacial do mundo em 2018. A empresa aparece em 28º lugar, uma queda de cinco posições em relação ao ano anterior.

O ranking, elaborado pela revista "Flight International" e divulgado na edição de setembro da publicação, lista as maiores empresas da área de acordo com a receita em 2018.

Em primeiro lugar, a Boeing mantém a liderança, com receita de US$ 101 bilhões (R$ 411 bilhões). Em segundo, desponta a Airbus, com receita de US$ 75,1 bilhões (R$ 305 bilhões). A Embraer fica atrás de empresas como Lockheed Martin, GE Aviation, Bombardier e Mitsubishi, com receita de US$ 5,07 bilhões (R$ 20,6 bilhões).

Quando o recorte é feito apenas entre as empresas que produzem aeronaves comerciais, a Embraer fica em quarto lugar, atrás de Boeing, Airbus e do segmento de aviação regional da canadense Bombardier.

Veja o ranking:

  • 1) Boeing: US$ 101 bilhões
  • 2) Airbus: US$ 75,1 bilhões
  • 3) Lockheed Martin: US$ 53,8 bilhões
  • 4) United Technologies: US$ 36 bilhões
  • 5) GE Aviation: US$ 30,6 bilhões
  • 6) Northrop Grumman: US$ 30,1 bilhões
  • 7) Raytheon: US$ 27,1 bilhões
  • 8) Safran: US$ 25,2 bilhões
  • 9) Rolls-Royce: US$ 15 bilhões
  • 10) Leonardo: US$ 14,4 bilhões
  • [...]
  • 28) Embraer: US$ 5,07 bilhões

Negócio com Boeing afeta receitas da Embraer

A saída da linha dos aviões comerciais E-Jets da Embraer para formar a joint venture Boeing Brasil Comercial pode levar a uma queda da empresa no ranking do ano que vem. Isso se deve à separação de uma das áreas mais prósperas da companhia para a criação da joint venture com a Boeing, mesmo com a Embraer mantendo 20% da nova empresa.

Segundo fontes ouvidas pelo UOL, novos pedidos nas áreas de aviação executiva e militar podem segurar o valor das receitas da Embraer nos próximos anos. O principal motivo é o lançamento dos jatos executivos da série Praetor, em outubro de 2018, e as entregas do avião multimissão KC-390.

Os jatos Praetor são a aposta no portfólio da empresa para os próximos anos, e a entrega do primeiro KC-390, na última semana, marca o início de um novo ciclo de vendas do avião. Até o final deste ano, a empresa deve entregar mais um cargueiro para a FAB (Força Aérea Brasileira). O governo de Portugal também encomendou cinco unidades do modelo, o que deve aumentar a receita da empresa.

Aviação comercial é maior fonte de receita

Em 2018, o segmento da aviação comercial da Embraer representou a maior fatia das receitas líquidas da empresa:

  • Aviação Comercial: R$ 8,7 bilhões
  • Aviação Executiva: R$ 4,2 bilhões
  • Defesa & Segurança: R$ 2,2 bilhões
  • Serviços e Suportes: R$ 3,6 bilhões
  • Outras áreas: R$ 57,5 milhões

Com a previsão da conclusão da joint venture Boeing Brasil apenas para 2020, a Embraer estima que, até o final de 2019, deve entregar entre 85 e 95 jatos da aviação comercial, entre 90 e 110 jatos executivos e mais dez caças A-29 Super Tucano e dois cargueiros KC-390.

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