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'Prévia da inflação' acelera a 0,09% em setembro; em 12 meses vai a 3,22%

Do UOL, em São Paulo

24/09/2019 09h04Atualizada em 24/09/2019 12h16

O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Amplo 15), considerado uma prévia da inflação oficial (IPCA), acelerou para 0,09% em setembro, após ter ficado em 0,08% em agosto.

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 2,60% e, em 12 meses, de 3,22%, o mesmo resultado registrado nos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2018 a taxa também foi de 0,09%.

Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O grupo Alimentação e Bebidas teve queda de preços de 0,34% e exerceu o maior impacto de baixa no índice, do qual retirou 0,08 ponto percentual. Em agosto, essa classe de despesa já havia recuado 0,17%.

Do lado das altas, destaque para o grupo Habitação, no qual os preços subiram 0,76% em relação a agosto, adicionando 0,12 ponto percentual ao IPCA-15 de setembro.

Os custos dos transportes passaram de uma queda de 0,78% em agosto para um avanço de 0,09% em setembro, dentro da inflação medida pelo IPCA-15. Os combustíveis aumentaram 0,35%. O preço da gasolina caiu 0,06%, mas o etanol teve alta de 2,15%. O preço do óleo diesel subiu 0,58%, e o gás veicular aumentou 0,96%.

A tarifa de ônibus intermunicipal teve elevação de 0,37%, influenciada pelo reajuste médio de 4,48% nas passagens intermunicipais de longo curso em Porto Alegre, desde 1º de agosto. As passagens aéreas caíram 1,53% em setembro, após já terem recuado 15,57%.

De forma geral, a inflação tem surpreendido para baixo, o que tem reforçado apostas de novos cortes de juros.

Na ata do Copom divulgada mais cedo nesta terça-feira, o Banco Central disse que a inflação acumulada em 12 meses deve recuar, mas voltará ao fim do ano para níveis próximos aos observados até agosto, com projeções ficando abaixo ou ligeiramente abaixo da meta para 2020, que é de 4%.

Metodologia

O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.

A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, considerada a inflação oficial; a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

(Com Reuters e Agência Estado)

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