BC corta juros pela 3ª vez seguida, para 5% ao ano, menor nível da história
Resumo da notícia
- Decisão foi unânime e veio dentro do esperado por analistas de mercado
- Comitê indicou novo corte de igual tamanho em sua próxima reunião, em dezembro
- Com isso, juros devem terminar 2019 em 4,5% ao ano
- Selic é a taxa básica da economia e serve de referência para outras taxas de juros
- Os juros cobrados dos consumidores são muito mais altos
O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu cortar a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual, de 5,5% para 5% ao ano, em meio a um quadro de fraqueza na economia e baixa inflação. Com isso, a Selic atinge uma nova mínima histórica (o Copom foi criado em 1996).
A decisão foi unânime e veio dentro do esperado por todos os analistas consultados pelas agências de notícias Reuters e Estadão Conteúdo.
Novo corte de 0,5 ponto é esperado
Foi o terceiro corte seguido de 0,5 ponto. Em seu comunicado, o Comitê indicou que deverá fazer novo corte de igual tamanho em sua próxima reunião, a última deste ano, em 10 e 11 de dezembro. Com isso, os juros devem terminar 2019 em 4,5% ao ano.
"O Comitê avalia que a consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva deverá permitir um ajuste adicional, de igual magnitude", informou o comunicado do BC.
De qualquer forma, o BC também repetiu que, a despeito da sinalização dada, seus próximos passos continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação.
Evolução da Selic desde janeiro de 2016
Em outubro de 2016, o BC deu início a uma sequência de 12 cortes na Selic. Neste período, a taxa de juros caiu de 14,25% ao ano para 6,5% ano. De maio de 2018 até junho de 2019, a taxa foi mantida no mesmo patamar. Foram dez encontros do Copom sem mudanças na Selic. No final de julho, o Copom reduziu a Selic em 0,5 ponto percentual, para 6% ao ano. Em setembro, a Selic foi reduzida novamente em 0,5 ponto percentual.
Juros ao consumidor são mais altos
A Selic é a taxa básica da economia e serve de referência para outras taxas de juros (financiamentos) e para remunerar investimentos corrigidos por ela. A Selic não representa exatamente os juros cobrados dos consumidores, que são muito mais altos.
Segundo os últimos dados divulgados pelo BC, a taxa de juros média do cheque especial, por exemplo, foi de 307,6% ao ano em setembro.
Poupança rende menos
Desde setembro de 2017, a poupança passou a render menos devido a uma regra criada em 2012. Quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, a rentabilidade da poupança é de 6,17% ao ano (0,5% ao mês) mais TR (Taxa Referencial). Porém, quando a Selic é igual ou menor que 8,5%, a poupança passa a render 70% da Selic mais TR.
Juros x inflação
Os juros são usados pelo BC como uma ferramenta para tentar controlar a inflação. De modo geral, quando a inflação está alta, o BC sobe os juros para reduzir o consumo e forçar os preços a cair. Quando a inflação está baixa, o BC derruba os juros para estimular o consumo.
A meta é manter a inflação em 4,25% este ano, mas há uma tolerância de 1,5 ponto para cima e para baixo, ou seja, pode variar entre 2,75% e 5,75%. Em setembro, a inflação acumulada em 12 meses foi de 2,89%, dentro da meta do governo, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
(Com agências de notícias)
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