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Inflação no país acelera para 0,1%, mas é a menor para outubro desde 1998

Do UOL, em São Paulo

07/11/2019 09h01

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial no país, variou 0,1% em outubro, após ter registrado -0,04% em setembro. Este é o menor resultado para um mês de outubro desde 1998 (0,02%).

De janeiro a outubro, o índice acumula alta de 2,6%. Em 12 meses, ficou em 2,54%, abaixo dos 2,89% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2018, a taxa foi de 0,45%. O resultado está abaixo do limite da meta do governo, de manter a inflação em 4,25% no ano, com uma tolerância de 1,5 ponto para cima ou para baixo, ou seja, podendo variar entre 2,75% e 5,75%.

As informações foram divulgadas hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Conta de luz mais barata

Segundo o IBGE, a queda de 3,22% no preço da energia puxou a taxa para o baixo patamar, com impacto de -0,13 ponto percentual no IPCA.

"Com exceção de Salvador, que teve alta de 0,86%, e Vitória, de 2,24%, todas as áreas pesquisadas registraram recuo nos preços da energia, que chegou a -5,99% em Goiânia", informou o instituto.

"Em setembro, estava em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 1 e, em outubro, passou a vigorar a amarela, cujo acréscimo é menor. Além disso, houve redução nas tarifas residenciais de uma das concessionárias de São Paulo, vigente desde 23 de outubro, e em Brasília e em Goiânia, a partir de 22 de outubro", disse o gerente do IPCA, Pedro Kislanov.

Juros x inflação

Para tentar controlar a inflação, o Banco Central pode usar a taxa de juros. De modo geral, quando a inflação está alta, o BC sobe os juros para reduzir o consumo e estimular a queda de preços. Quando a inflação está baixa, o BC derruba os juros para impulsionar o consumo.

Na última reunião, o Comitê de Política Monetária do BC decidiu reduzir taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual, de 5,5% para 5% ao ano. É a menor taxa desde que o Copom foi criado, em 1996.

Economistas consultados pelo Banco Central estimam que a inflação no país terminará o ano a 3,29%.

Por que a inflação no nosso bolso parece maior do que a inflação oficial?

UOL Notícias