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Bolsonaro quer que Brasil tenha mais financiamentos do banco do Brics

"È preciso trabalharmos juntos para superar o desequilíbrio em desfavor do Brasil na carteira de financiamentos do NBD", disse presidente - ADRIANO MACHADO/Reuters
"È preciso trabalharmos juntos para superar o desequilíbrio em desfavor do Brasil na carteira de financiamentos do NBD", disse presidente Imagem: ADRIANO MACHADO/Reuters

Luciana Amaral

Do UOL, em Brasília

14/11/2019 13h37

Resumo da notícia

  • Presidente diz que a carteira de financiamento do banco do Brics prejudica o Brasil
  • Banco foi criado em 2014 para financiar projetos em países em desenvolvimento, com foco nos membros do bloco
  • Dos 45 projetos aprovados para serem financiados pelo banco, seis são brasileiros
  • Próximo presidente do banco será brasileiro, com posse prevista para o ano que vem

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou hoje na 11ª cúpula do Brics que o Novo Banco de Desenvolvimento precisa "superar o desequilíbrio" existente em financiamentos que acaba prejudicando o Brasil.

"O banco é um dos resultados mais visíveis do Brics e um aliado importante nos esforços de garantir um adequado financiamento de infraestrutura sustentável. Os números mostram que é preciso trabalharmos juntos para superar o desequilíbrio em desfavor do Brasil na carteira de financiamentos do NBD", declarou.

O Novo Banco de Desenvolvimento foi criado em cúpula do Brics ocorrida em Fortaleza, em 2014, com o objetivo de financiar projetos em países em desenvolvimento, com foco nos integrantes do bloco. A sede do banco fica em Xangai, na China.

Os únicos escritórios regionais fora da China ficam na África do Sul e em São Paulo, mas o da capital paulista ainda não está em plena operação. Bolsonaro afirmou hoje esperar que, quando estiver pronto, possa ajudar a incrementar a carteira de financiamentos no Brasil.

O aporte inicial à instituição foi de US$ 10 bilhões de cada um dos cinco países-membros do Brics, embora outras nações também possam participar dela, ainda que sem todas as prerrogativas.

Dos 45 projetos aprovados a serem financiados pelo banco, seis são brasileiros. Ao todo, somam cerca de US$ 1,4 bilhão em setores como infraestrutura, transportes, energia e sustentabilidade. Outros dois projetos estão em avaliação.

A China conta com 13 projetos aprovados enquanto a Índia conta com 12. Rússia e África do Sul têm sete, cada.

O atual presidente do NBD, o indiano Kundapur V. Kamath, já afirmou ser preciso minimizar a disparidade. O próximo presidente do banco será um brasileiro, com posse prevista para o ano que vem.

Ontem e hoje a capital federal sedia a 11ª cúpula do Brics - bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Estão na cidade o presidente chinês, Xi Jinping, o presidente russo, Vladimir Putin, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa.

Pela manhã, Bolsonaro e os demais líderes participaram de reuniões no Palácio Itamaraty, seguido de almoço. O presidente brasileiro recebe em encontros bilaterais Putin e Ramaphosa no Palácio do Planalto à tarde.

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