Guarde dinheiro agora para sua aposentadoria e pague menos Imposto de Renda
Resumo da notícia
- Previdência privada PGBL permite desconto para quem faz declaração de IR no modelo completo
- Desconto é de até 12% da renda anual
- Vantagem é maior para quem tem ganha mais de R$ 84 mil por ano
Se você está pensando em fazer uma previdência privada no ano que vem, faça agora em dezembro e tenha chance de pagar menos Imposto de Renda já em 2020.
Para isso, é preciso declarar IR no modelo completo e ter uma previdência do tipo PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre).
Quem já tem previdência privada, pode aproveitar parte do 13º salário, fazer um aporte mais parrudo e também pagar menos imposto.
PGBL ou VGBL?
A previdência tem de ser PGBL. Ela permite deduzir do cálculo do IR os investimentos em previdência equivalentes a até 12% da renda anual. Por outro lado, na hora de resgatar o dinheiro, esse tipo de plano paga o imposto sobre todo o montante investido, ou seja, somando os aportes feitos e os rendimentos obtidos.
O VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) não tem a dedução na declaração do IR. Mas, na hora do saque o investidor vai pagar um IR menor porque o imposto incide apenas sobre os rendimentos. Esse é um produto indicado para quem normalmente declara o Imposto de Renda usando o modelo simplificado.
Imposto na tabela progressiva ou regressiva
O investidor deve estar atento a outra vantagem da previdência privada, que é a tabela regressiva de incidência de IR, ou seja, quanto mais tempo o dinheiro fica aplicado, menor é o imposto a ser pago.
Por outro lado, quem precisar resgatar o dinheiro no curto prazo acaba sofrendo com uma alíquota mais pesada.
A tabela regressiva começa com cobrança de 35% de IR sobre as aplicações feitas nos dois primeiros anos e vai diminuindo cinco pontos percentuais a cada dois anos, até atingir uma alíquota de 10% para quem mantém o plano por mais de dez anos.
Segundo consultores, a dica para quem não sabe se vai conseguir manter a aplicação por uma década é optar pela tabela progressiva. Nesse sistema, há cobrança de 15% no momento do saque da previdência. E depois, na declaração de IR do ano seguinte, é feito um ajuste, com alíquota máxima de 27,5% sobre a renda que foi obtida na previdência.
As tabelas progressiva e regressiva valem tanto para PGBL como VGBL. O cliente que inicia um plano utilizando a tabela progressiva pode migrar para a regressiva a qualquer momento, passando a contar os dez anos de redução do imposto a partir do momento da migração. Quem opta pela tabela regressiva não pode migrar para a progressiva. Nesse caso, terá que fazer um novo plano que utilize a outra tabela.
Simulação para escolher o melhor plano
Com tantos números e opções, é bom fazer simulações com ferramentas do mercado.
"O PGBL é Indicado para quem faz declaração completa de Imposto de Renda e pretende utilizar os aportes em previdência para dedução fiscal. Já o VGBL é indicado para quem faz declaração simplificada ou que pretende aplicar mais de 12% da renda em previdência. Também indicamos para aqueles que buscam utilizar a previdência como ferramenta de sucessão", afirma o especialista em previdência do BTG Pactual, Gabriel Escabin. O banco oferece um simulador gratuito.
Segundo ele, de forma geral, quem tem renda superior a R$ 84 mil por ano (R$ 7.000 por mês) consegue aproveitar melhor o benefício fiscal do PGBL, mesmo que não utilize outras deduções legais. Essa faixa de renda corresponde ao limite de desconto na declaração de IR pelo modelo simplificado.
Quem ganha abaixo de R$ 84 mil anuais precisa considerar o uso de outras despesas dedutíveis do IR, como dependentes, despesas com educação ou saúde, para que a declaração pelo modelo completo possa valer a pena. Somente utilizando esse modelo de declaração faz sentido fazer uma previdência do tipo PGBL.
A lógica é a seguinte: a soma de todas as despesas dedutíveis, incluindo a previdência privada, precisa superar o desconto padrão do modelo simplificado, que é de R$ 16.754,34, para que a declaração pelo modelo completo compense.
Simulações feitas pelo BTG Pactual mostram que, para quem ganha R$ 100 mil por ano (R$ 8.333 por mês), a economia fiscal com o aporte máximo permitido no PGBL, de R$ 12 mil por ano, chega a R$ 3.300 na declaração do IR.
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