Bolsonaro defende menos normas trabalhistas e ironiza até banheiro químico
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu, na noite de hoje, cortes feitos nas normas regulamentadoras relativas à segurança no trabalho. Em sua tradicional live do Facebook, ele alegou que é necessário "facilitar a vida dos patrões para dar emprego".
Como exemplo, o presidente citou multas a empresas que atuam no corte de folhas de carnaúba para produção de cera em Matopiba, região cujo nome é formado pelos territórios dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia e, inclusive, abrange parte dos locais. Uma das multas seria pela falta de banheiro químico para os trabalhadores.
"O cara desce uma palmeira daquelas, de cem metros, pega um banheiro químico borbulhando de fezes, fecha a porta e tá (sic) oitenta graus. Vira um micro-ondas, e para fazer xixi. Tem cabimento isso? Tem cabimento multar por causa disso?"
Outra multa ironizada pelo presidente na live foi sobre a ausência de livro com marcação de ponto dos horários de trabalho.
"Não tinha livro-ponto para quem estava cortando cana no meio do mato, lá no meio do interiorzão, quarenta e cinco graus. O cara de sunga fica até suando na sombra e é multa no cara", afirmou.
Bolsonaro declarou que as multas dificultam a vida dos empresários no país e que é necessário priorizar a criação de empregos: "Assim não dá para trabalhar no Brasil. Está desempregado um monte de cara (sic) que não vai mais cortar folha de carnaúba lá".
Ele também saiu em defesa da redução da multa a ser paga por empresas em demissões sem justa causa.
"O patrão quando manda fora não é por maldade, é porque a pessoa não está trabalhando, está dando prejuízo, ou quer contratar alguém melhor. E tem gente reclamando. quem está reclamando: vá ser patrão. Nós tiramos 10% para tirar encargo", explicou.
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