Petroleiros suspendem greve depois de 20 dias; TST recebe mediação amanhã
Os petroleiros do Sistema Petrobras decidiram hoje suspender temporariamente a greve da categoria, iniciada no dia 1º de fevereiro, e aceitar mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST) junto à Petrobras. A decisão foi tomada após assembleias realizadas hoje pelos 13 sindicatos filiados à Federação Única dos Petroleiros (FUP).
Em comunicado, a FUP anunciou que a categoria aprovou a recomendação da organização de suspender a paralisação — a mais longeva da categoria desde 1995. Amanhã, integrantes da Comissão Permanente de Negociação vão a Brasília para participar da mediação no TST, em audiência proposta pelo ministro Ives Gandra.
"Decidimos manter o nível de mobilização até hoje para chegarmos a essa negociação fortalecidos. Indicamos a suspensão provisória da greve, para que possamos nos sentar à mesa e negociar com a Petrobras, sob mediação do TST e do MPT (Ministério Público do Trabalho). Desde o início nos colocamos à disposição da Petrobras para negociar. Por isso nos mantivemos em uma sala de reunião no Edise (edifício-sede da Petrobras), para que a empresa dialogasse conosco, o que infelizmente não aconteceu", ressalta Deyvid Bacelar, diretor da FUP.
Bacelar será um dos representantes da Comissão Permanente de Negociação na audiência de amanhã em Brasília. Além dele, também estarão Cibele Vieira, Tadeu Porto e José Genivaldo da Silva, da FUP, e Ademir Jacinto, do Sindiquímica-PR. O grupo passou a ocupar uma sala no quarto andar do Edise em 31 de janeiro, mas José Genivaldo deixou o local na última semana por problemas de saúde.
Segundo comunicado da FUP, entre outras queixas, "a greve nacional dos petroleiros foi motivada pelo descumprimento de cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) fechado com a Petrobras em novembro do ano passado e mediado pelo próprio TST". O texto afirma que uma das cláusulas previa que "qualquer demissão coletiva tem de ser negociada com antecedência com os sindicatos", mas a FUP alega que mil trabalhadores foram demitidos em 14 de janeiro da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen-PR), na cidade paranaense de Araucária sem qualquer comunicado ou negociação prévia. Os demitidos ocupam a frente da sede da Fafen-PR desde então.
Na terça-feira (18), a desembargadora Rosalie Michaele Bacila Batista, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 9ª Região, no Paraná, determinou que as demissões da Fafen estavam suspensas até audiência o dia 6 de março. Desta forma, o ministro Ives Gandra sinalizou com a possibilidade de mediar a situação entre categoria e empresa, propondo a audiência de amanhã — desde que a greve fosse suspensa.
A FUP informa que a greve recebeu a adesão de 21 mil petroleiros em 13 estados. Filiados à Frente Nacional dos Petroleiros (FNP) também aderiram à paralisação.
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