Bolsonaro defende volta ao trabalho: 'Empresários dizem que estão na UTI'
Jair Bolsonaro (sem partido) disse ter ouvido de empresários que o trabalho deles está "na UTI" em meio à crise causada pelo novo coronavírus. O presidente da República abordou o tema hoje, em live instável realizada no Facebook e encerrada antes do previsto por problemas de conexão.
"Nós ouvimos hoje os 10 empresários lá na presidência e mais de centenas por videoconferência, que representam 45% do PIB do Brasil. Eles falaram da necessidade de voltar a trabalhar. Eles agora dizem que estão na UTI, e você sabe o que acontece depois da UTI: ou vai para casa, ou vai para o repouso eterno. Nós não queremos que a nossa atividade comercial simplesmente deixe de existir", disse Bolsonaro.
"A gente vai desafogando a questão dos empregos no Brasil. Nós botamos lá atrás as atividades essenciais que não podiam fechar, e o restante ficou a cargo dos governadores e prefeitos. Nós começamos a abrir do lado de cá. Em grande parte, o pessoal da construção civil já pode voltar ao trabalho", afirmou, no mesmo dia em que assinou decreto para tratar o setor da construção civil como atividade essencial durante a pandemia.
O decreto inclui "produção, transporte e distribuição de gás natural, indústrias químicas de matérias-primas ou produtos de saúde, higiene, alimentos e bebidas, e atividades industriais".
"Não podemos esquecer a economia porque a segunda onda é terrível. Eu apanhei. Agora, mais da metade da população brasileira está preocupada com emprego", completou Bolsonaro, que repetiu que não pretende aumentar impostos neste momento, algo que já havia dito à imprensa mais cedo hoje. "Da minha parte, não haverá aumentos. Aliás, é uma política do Paulo Guedes [ministro da Economia] não aumentar os impostos", disse.
O presidente ainda falou sobre os problemas que têm sido relatados por cidadãos na tentativa de obter os R$ 600 de auxílio emergencial no sistema da Caixa. Bolsonaro admite que algumas pessoas podem ter encontrado problemas reais, mas disse que há uma "minoria barulhenta" em meio às reclamações sobre o assunto: "É uma minoria barulhenta. Uns realmente têm razão, outros se equivocaram, e outros não têm direito".
A decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central de cortar a taxa básica de juros (Selic) em 0,75 ponto percentual, de 3,75% para 3% ao ano, também foi brevemente comentada por Bolsonaro. "A taxa Selic baixou para 3%, nunca se viu isso na história do Brasil. Parece que a gente vai deixar de gastar em torno de R$ 200 bilhões. É bem-vindo, não é algo artificial, isso é concreto", comemorou o presidente.
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