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Bolsonaro nega querer aumentar imposto em meio a apelos por preço do álcool

24.abr.2020 - O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) - Edu Andrade/Fatopress/Estadão Conteúdo
24.abr.2020 - O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) Imagem: Edu Andrade/Fatopress/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

07/05/2020 17h53

Jair Bolsonaro (sem partido) disse hoje que não quer aumentar impostos durante a crise causada pela pandemia do novo coronavírus, citou a Cide, da gasolina, e disse que há um interesse especial de parte do estado de São Paulo em tornar o álcool mais vantajoso para beneficiar as usinas locais.

"A minha política é de não aumentar imposto. Eu falei que não vou aumentar imposto. Se não aumentar Cide, vão perder empregos. Mas é justo estar todo mundo perdendo emprego, fazendo contrato para reduzir salário, e eu aumentar imposto de combustível? Essas coisas a gente bota na balança, pesa. Ouço o [Paulo] Guedes, a Tereza Cristina. Eu não sou simpático a isso, foi um compromisso de campanha não aumentar impostos", explicou.

Ele abordou a queda do preço do petróleo no mercado internacional, uma das consequências econômicas da pandemia, e falou sobre o impacto que a mudança pode vir a ter no Brasil.

"A gasolina ficou muito mais vantajosa levando-se em conta o álcool. O que alguns do governo querem? O estado mais interessado é São Paulo, que tem cidades que vivem quase que exclusivamente da cana-de-açúcar. Eu acho que mais da metade dessa área é de São Paulo", acrescentou o presidente da República, depois de se posicionar contra aumentos de impostos.

"Com a queda do preço do petróleo, eu cobrei do [Roberto] Castello Branco, da Petrobras, aquilo que ele falava lá atrás. Ele tem uma bíblia para seguir lá. Aumentava ano passado, eu ficava chateado, mas não posso interferir. Não devo interferir. Quando começou a cair o preço [do petróleo], começou a cair no Brasil também, nas refinarias. E não chegou proporcional à queda do preço do petróleo lá fora", completou.