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Microempreendedores pedem redução de juros, impostos e tarifas, diz FGV

Dinheiro real moeda auxílio emergencial  - RafaPress/Getty Images
Dinheiro real moeda auxílio emergencial Imagem: RafaPress/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

21/05/2020 12h34

Uma pesquisa feita pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e pelo Sebrae aponta que as principais demandas que os donos de pequenos negócios esperam do governo federal em meio à pandemia do novo coronavírus são a concessão de crédito sem juros, redução de impostos e tarifas, além da criação de um auxílio temporário para subsistência do empresário e sua família.

O levantamento ouviu 10.384 empresários de todos os 26 estados e do Distrito Federal, entre os dias 30 de abril e 5 de maio. Os entrevistados são Microempreendedores Individuais (MEI), donos de Microempresas ou de Empresas de Pequeno Porte.

Apesar da crise econômica causada pelo novo coronavírus, a maioria dos empreendedores ouvidos se mostrou otimista quanto à recuperação do setor. Para 48% deles, a situação de normalidade deve ser alcançada no prazo de um a seis meses. Já 37% acreditam que a economia deve se recuperar no período de 7 a 12 meses. Os 15% restantes acreditam que a situação do país deve voltar ao normal em um prazo superior a um ano.

"Os pequenos negócios são fundamentais para a nossa economia. Para superar essa crise mais rapidamente, nós precisamos preservar essas empresas. Além da sua representatividade (os pequenos negócios são mais 99% de todas as empresas do país e respondem por quase 30% do PIB brasileiro), as micro e pequenas empresas são as que se recuperam mais rapidamente de uma crise, voltando a gerar emprego e renda", destacou o presidente do Sebrae, Carlos Melles.

A pesquisa também mostra que 29% dos entrevistados afirmaram ter adotado a suspensão de contrato de trabalho, 23% implementaram férias coletivas, 18% fizeram a redução da jornada de trabalho com redução de salários e 8% optaram pela redução do salário com complemento do seguro desemprego.

Nos últimos 30 dias em relação ao período de realização da pesquisa, apenas 12% dos empresários afirmaram ter demitido funcionários. Outros 35% disseram não ter adotado a medida e 52% não têm contratados.