Após seis quedas, dólar fecha em alta de 1,95%, a R$ 5,386; Bolsa cai 1,13%
O dólar comercial fechou hoje em alta de 1,95%, a R$ 5,386 na venda, interrompendo uma sequência de seis quedas consecutivas.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, caiu 1,13%, a 86.949,09 pontos.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Tensões políticas
"O dólar andou caindo muito esses dias; foram seis dias seguidos de queda depois de ter quase 'arranhado' aqueles R$ 6", afirmou Álvaro Bandeira, economista-chefe do banco digital Modalmais, à agência de notícias Reuters.
Analistas da XP Investimentos chamaram atenção para um "dia de tensões potencialmente elevadas na política". "As atenções se voltam à reação do Palácio do Planalto e de seus aliados à operação da Polícia Federal de ontem", disseram em nota.
Na véspera, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão contra aliados e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro para apuração de ataques e notícias falsas contra ministros do STF.
As tensões entre os poderes Executivo e Judiciário seguem no radar dos investidores depois que o ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, entrou no STF (Supremo Tribunal Federal) com um habeas corpus para suspender imediatamente o depoimento do ministro da Educação, Abraham Weintraub, determinado pelo ministro da corte Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito das chamadas fake news.
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira que "não haverá mais outro dia como ontem". Visivelmente irritado, o presidente afirmou que não se pode mais aceitar que pessoas tomem decisões individuais em nome de todos e que se está armando mais uma crise para 'atrapalhar o Brasil".
Dados no Brasil e EUA
Números mostraram que o desemprego voltou a aumentar no Brasil e chegou ao maior nível em um ano no trimestre encerrado em abril, com perdas recordes na ocupação, e o número de desempregados atingindo 12,8 milhões, diante das dispensas provocadas pelas medidas de restrição ao coronavírus.
Nos EUA, a economia encolheu a uma taxa anualizada de 5% no primeiro trimestre, maior recuo desde a recessão de 2007 a 2009, enquanto mais 2,123 milhões de norte-americanos solicitaram auxílio-desemprego na semana passada.
Enquanto isso, a permanência das tensões entre Estados Unidos e China piorava expectativas de investidores em relação a uma recuperação econômica. O Parlamento da China aprovou nesta quinta-feira a decisão de levar adiante uma legislação de segurança nacional para Hong Kong, em meio a perspectiva de retaliação por parte do presidente norte-americano, Donald Trump.
*Com Reuters
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