Brasil cai 10 posições em ranking que analisa otimismo de empresários
O Brasil agora ocupa o 16º lugar no ranking de Grant Thornton, que mede o grau de confiança dos empresários em relação aos próximos 12 meses da economia global. Com isso, o País cai dez posições em comparação ao ranking divulgado no segundo semestre do ano passado, quando aparecia na sexta posição.
Para esta edição, foram entrevistados cerca de 5 mil empresários de 29 países, incluindo o Brasil.
Menos da metade — 40% — dos empresários brasileiros se diz otimista com o futuro da economia do País. Na edição anterior do estudo, divulgada em janeiro deste ano, 69% dos empresários brasileiros estavam otimistas.
A queda de 29 pontos percentuais é bem maior que a média global, que caiu 16 pontos. No mundo todo, os empresários otimistas eram 59% em janeiro; hoje são 43%.
Os países mais otimistas são os Emirados Árabes (69%), seguidos por Vietnã (65%), China (65%), Nigéria (64%) e Índia (63%). O Brasil ainda fica atrás de países como Argentina (41%), México (41%) e empatado com Turquia, também com 40%.
Expectativas para o futuro
Quando questionados sobre a tendência para os próximos 12 meses, 51% dos empresários brasileiros afirmam esperar um aumento de vendas e receita para seus negócios. São 23 pontos percentuais a menos do que apontado na edição anterior da pesquisa (74%), mas acima da média global dos 29 países, que foi de 34%.
O Brasil também aparece acima da média global quando o assunto é empregabilidade: 46% dos empresários acreditam no aumento do emprego. No mundo, esse índice é de apenas 28%.
A pesquisa ainda indica que o setor de construção civil pode ficar menos otimista se comparado a edição anterior. Os resultados do último semestre de 2019 apontavam que 49% dos empresários esperam realizar investimentos em novos edifícios; agora são apenas 39% — acima, porém, da média global (22%).
Daniel Maranhão, CEO da Grant Thornton Brasil, credita a queda de otimismo aos impactos da pandemia do novo coronavírus nos negócios e à piora em alguns cenários políticos.
"As agências de risco, como a Fich, esperam uma queda de 4,6% no PIB [Produto Interno Bruto] mundial. Mas, para o Brasil, a queda esperada pode ser maior do que 7%. Isso se deve ao cenário político. Aumentamos muito o déficit fiscal com os gastos necessários para ajudar as famílias e as empresas, há um cenário mais turbulento entre governo e o STF [Supremo Tribunal Federal] e ainda temos as eleições municipais à frente", explicou.
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