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Olimpio critica Bolsonaro e desafia Guedes sobre reajuste de servidores

 O senador Major Olimpio (PSL) participa de evento do partido em São Paulo - Bruno Rocha/Foto Arena/Estadão Conteúdo
O senador Major Olimpio (PSL) participa de evento do partido em São Paulo Imagem: Bruno Rocha/Foto Arena/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

20/08/2020 16h53

O senador Major Olímpio (PSL) desafiou hoje, em entrevista para a CNN, o ministro da Economia, Paulo Guedes, por citar que o Senado cometeu um "crime" com a derrubada ontem do veto ao aumento salarial a servidores públicos até o fim de 2021.

"Estou desafiando economistas e o Paulo Guedes de onde esta previsão de R$ 120 bilhões de gastos se nenhum município vai fazer a revisão de salario", disse.

"É uma tremenda balela, o ministro acusa de crime? Crime é o governo oferecer aos senadores R$ 30 bilhões para destinar onde quisesse. Isso é crime praticado", acrescentou.

Olímpio, ex-aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ainda criticou o chefe do Executivo e disse que ele nem sabe "o conteúdo do veto".

Hoje, Bolsonaro criticou o Senado e disse que será impossível de governar. "Então eu não posso governar um país se esse veto for mantido na Câmara... É impossível governar o Brasil. Tá impossível. A responsabilidade não é só minha. É de todo mundo a responsabilidade de ajudar o Brasil a sair do buraco."

O líder do PSL, em entrevista para a CNN, também acusou o governo de ter apoiado a medida anteriormente.

"Eu participei de todas as negociações do texto. Eles [do governo] concordaram. Eles que não seguram a assinatura do que fazem. Votamos que era só para saúde e segurança. E agora eles vêm fazer cara de coitado", afirmou.

Segundo Olímpio, a derrubada do veto servirá apenas para "não tirar a contagem de tempo dos servidores" e que não existirá reajuste nenhum por conta do teto de gastos em estados, municípios e União.

"Todos os estados nesse momento já estão no limite do teto de gastos. Em 2021, nenhum estado tem a condição, porque já se passou o teto de gastos [...] É mentira que vai ter um gasto acessório de R$ 120 milhões. Como calcular isso se os municípios, estados e Executivo não têm condições?", disse.