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Secretário de Agricultura de SP: arroz deve subir e seguir em alta até 2021

Secretário de agricultura e abastecimento de SP, Gustavo Junqueira, durante entrevista à CNN - Reprodução/CNN
Secretário de agricultura e abastecimento de SP, Gustavo Junqueira, durante entrevista à CNN Imagem: Reprodução/CNN

Do UOL, em São Paulo

11/09/2020 08h04

O secretário de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo, Gustavo Junqueira, prevê que o preço do arroz ainda deve subir cerca de R$ 5 e permanecer em alta até meados de janeiro, quando chega ao mercado a próxima safra brasileira do grão.

"Levantamentos da Secretaria de agricultura têm mostrado o preço do arroz em torno de R$ 20. Ainda veremos o preço subir, talvez para R$ 25, mas logo, a partir de janeiro, teremos a safra brasileira. O governo vai ter que administrar a alta aí até o final do ano", disse, à CNN.

Essencial na mesa da família brasileira, o preço do arroz disparou nos supermercados brasileiros, sobretudo nas últimas semanas. Um pacote de cinco quilos, normalmente vendido a cerca de R$ 15, agora chega a custar R$ 40. Levantamento feito pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, mostra que a alta do arroz chega a 100% em 12 meses.

Junqueira justificou o aumento do preço com a alta na exportação do arroz em decorrência da desvalorização do real frente ao dólar, e também com o que chamou de "grande injeção de recursos financeiros no consumo brasileiro", se referindo ao auxílio emergencial.

"Nós tivemos uma grande injeção de recursos financeiros no consumo brasileiro, aproximadamente R$ 600 milhões em pouco menos de 6 meses. Isso ajudou as famílias, mas causa distorção no mercado brasileiro. A capacidade de compra do cidadão brasileiro aumentou rapidamente", disse.

Estabilização

O diretor presidente da Abiarroz (Associação Brasileira da Indústria do Arroz), Elton Doeler, disse ontem que não acredita em uma queda no preço — para ele, a tendência, ao contrário, é de estabilização dos preços no patamar atual.

"Acho que o mercado vai se regular entre R$ 25 e R$ 35 o pacote de cinco quilos, que reflete entre R$ 5 e R$ 6 (o quilo). Acho que esse é basicamente o cenário que estamos prevendo para os próximos meses", afirmou Doeler.