Ilson Mateus: de garimpeiro e dono de mercearia a 9º mais rico do Brasil
De garimpeiro e dono de mercearia que vendia cachaça a proprietário de um império varejista e de uma fortuna estimada em R$ 20 bilhões. Essa é a trajetória de Ilson Mateus, dono do Grupo Mateus. Apesar de pouco conhecido em São Paulo, ele encabeça um dos maiores conglomerados do Norte e Nordeste do país e é o nono mais rico do Brasil, segundo a revista Forbes Brasil, à frente do dono da Havan, Luciano Hang, que computa R$ 18,72 bilhões.
O maranhense de 57 anos começou a carreira ainda na adolescência, tentando a sorte como garimpeiro em Serra Pelada (PA), nos anos 1970. Em 1986, abriu sua primeira mercearia, aproveitando o boom de crescimento da cidade de Balsas, no Maranhão. O principal produto era a cachaça.
O empresário percebeu a necessidade dos consumidores e resolveu investir na "importação" de outros itens vindos de Imperatriz (MA). Com isso, conseguiu fidelizar clientes, e a mercearia virou um supermercado, que foi se expandindo pela região.
Mesmo com o império consolidado, Mateus não abandonou as lojas de bairro, e ampliou a rede, com atacarejos, hipermercados, lojas de eletrônicos e centros de distribuição. Hoje, o grupo tem 137 lojas físicas, presentes em mais de 50 cidades no Pará, Maranhão e Piauí, com marcas como Mix Atacarejo, Camiño e Eletro Mateus.
R$ 10 bi de faturamento
Ilson Mateus é presidente e maior acionista da companhia, que teve faturamento de R$ 9,9 bilhões e lucro líquido de R$ 388 milhões em 2019.
Controle familiar
Há nove anos, o grupo negociou uma sociedade com a família Duarte, dona do grupo mineiro Bretas, mas o acordo não se concretizou.
Hoje, o Grupo Mateus é controlado por Ilson (52,75%) e seus familiares, os filhos Ilson Mateus Junior (4,38%) e Denilson Pinheiro Rodrigues (4,38%), além da ex-mulher do fundador, Maria Barros Pinheiro (38,5%).
Entrada na Bolsa de Valores
Em outubro, o Grupo Mateus fará Oferta Pública Inicial (IPO) de ações, com até R$ 6,25 bilhões, segundo documento regulatório.
O valor de cada ação foi estipulado entre R$ 8,97 e R$ 11,66, mas o preço final só será definido no dia 8 de outubro.
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