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'Previa do PIB' tem alta de 1,06% em agosto, mas cai 3,92% em um ano

Getty Images/iStockphoto
Imagem: Getty Images/iStockphoto

Do UOL, em São Paulo

15/10/2020 09h05Atualizada em 15/10/2020 10h47

O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), considerado uma "prévia" informal do PIB (Produto Interno Bruto), fechou agosto com alta de 1,06% na comparação com julho, segundo dados divulgados hoje pelo Banco Central.

Em relação a agosto do ano passado, houve queda de 3,92%. No acumulado de janeiro a agosto, o índice registra baixa de 5,44%. Em 12 meses, a prévia do PIB encolheu 3,09%.

Foi a quarta alta consecutiva do IBC-Br na comparação mensal, mas o dado veio abaixo do esperado por analistas, que apostavam em um aumento de 1,60%, segundo pesquisa da Reuters.

Em 12 meses, o índice acumula recuo de 3,09%.

Recuperação em agosto

Dados setoriais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) já haviam apontado a continuidade do processo de recuperação em agosto em meio à flexibilização das medidas de restrição ao contato social impostas pela pandemia de Covid-19.

A produção industrial registrou aumento de 3,2% no mês sobre julho, em linha com expectativas, mas ainda ficou 2,6% abaixo do nível de fevereiro.

Já as vendas no varejo avançaram 3,4% na mesma comparação, que tem ajuste sazonal, e atingiram o maior volume da série histórica do IBGE.

O volume de serviços, setor mais diretamente afetado pelos bloqueios à movimentação, cresceu 2,9% no mês na comparação mensal, um desempenho recorde para agosto e acima do esperado, mas ainda ficou 9,8% abaixo do nível de fevereiro.

Governo prevê -4,7% no ano; mercado estima -5,03%

O governo estima que o PIB vai encolher 4,7% neste ano, no que seria o pior resultado da série histórica.

Já o mercado prevê recuo de 5,03% em 2020 e avanço de 3,50% em 2021, segundo a mais recente pesquisa semanal Focus do BC.

IBC-Br

O indicador do BC é visto pelo mercado como uma antecipação do resultado do PIB. Ele é divulgado mensalmente pelo Banco Central, enquanto o PIB é divulgado a cada três meses pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O IBC-Br serve de base para investidores e empresas adotarem medidas de curto prazo. Porém, não necessariamente reflete o resultado anual do PIB e, em algumas vezes, distancia-se bastante.

O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços).

A estimativa incorpora a produção estimada para os três setores, acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.