Dólar opera em queda de mais de 2%, vendido próximo a R$ 5,42; acompanhe
Após duas baixas seguidas, o dólar comercial mantém a tendência ao final da manhã de hoje (6). Por volta das 16h20 (de Brasília), a moeda norte-americana recuava 2,20%, vendida a R$ 5,423.
Nas primeiras horas do dia o dólar operou em alta, mas informações vindas dos Estados Unidos indicando que o candidato Joe Biden encaminhou a vitória sobre o atual presidente Donald Trump reverteu a tendência. Biden ultrapassou Trump na apuração na Pensilvânia e uma vitória no estado garante a vitória do democrata na eleição.
Ontem (5) o dólar comercial fechou com desvalorização de 1,91%, vendido a R$ 5,545.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
A expectativa de vitória de Biden "exerce pressão baixista sobre o dólar porque uma presidência do democrata poderia ser positiva para o sentimento de risco global", disse à Reuters Alejandro Ortiz, economista da Guide Investimentos, destacando que "Biden passou Trump em Estados extremamente cruciais".
Ao contrário dos polêmicos posicionamentos do atual presidente republicano nos últimos anos à frente da Casa Branca, "o comportamento (de Biden) não é errático, volátil e imprevisível", o que poderia reduzir a busca por segurança na moeda norte-americana, acrescentou.
Os mercados mais amplos já haviam precificado que uma vitória de Biden seria positiva para mercados emergentes, principalmente devido à maior probabilidade de aprovação de estímulos fiscais e às perspectivas de uma política comercial mais aberta na maior economia do mundo.
Além disso, vários especialistas apontaram a liderança dos republicanos na corrida eleitoral pelo comando do Senado dos EUA como positiva em um cenário de provável vitória democrata na Casa Branca. Isso porque o equilíbrio no governo norte-americano evitaria a aprovação de maiores impostos ou restrições sobre as empresas do país.
Desde o fechamento da última sexta-feira (30), a moeda norte-americana acumula queda de mais de 3%.
No Brasil, continuava no radar a saúde das contas públicas, com os investidores à espera de uma indicação clara sobre se o governo respeitará ou não seu teto de gastos. A principal dúvida é sobre como um pacote de auxílio social seria financiado diante de um orçamento apertado para 2021.
Ao mesmo tempo, a agenda de reformas estruturais — considerada como essencial por boa parte dos mercados financeiros locais — segue atrasada. "Sem reformas, somos perigosamente suscetíveis ao pior do que pode acontecer no caso de qualquer crise se agravar no mundo como a atual", disse Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse hoje que o debate da reforma administrativa deve começar na próxima semana.
Este conteúdo foi gerado pelo sistema de produção automatizada de notícias do UOL e revisado pela redação antes de ser publicado.
(Com Reuters)
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