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Inflação desacelera a 0,25% em janeiro e é a menor desde agosto

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Do UOL, em São Paulo

09/02/2021 09h04Atualizada em 09/02/2021 14h27

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial no país, desacelerou a 0,25% em janeiro, após fechar em 1,35% em dezembro. O resultado é o menor índice mensal desde agosto de 2020 (0,24%).

Em janeiro do ano passado, a variação havia sido de 0,21%. No acumulado de 12 meses, o indicador ficou em 4,56%. A inflação fechou 2020 a 4,52%.

A meta de inflação para este ano é de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos, ou seja, podendo variar entre 2,25% e 5,25%.

Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e se referem às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos.

A mudança de bandeira tarifária na conta de luz dos brasileiros e as quedas nos preços de passagens aéreas ajudaram a segurar a inflação em janeiro. Por outro lado, alimentos e bebidas continuam a puxar os preços para cima, mas com menos força.

Energia elétrica cai 5,6%

O grupo Habitação apresentou deflação de -1,07% em janeiro, principalmente devido à queda de 5,6% no item energia elétrica, que foi, individualmente, o maior impacto negativo no índice do mês (-0,26 ponto percentual).

Após a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2 em dezembro, passou a vigorar no mês passado a bandeira amarela, com acréscimo de R$ 1,343 a cada 100 quilowatts-hora consumidos (contra R$ 6,243 no caso da bandeira vermelha patamar 2).

Outro grupo que registrou deflação em janeiro foi o de Vestuário (-0,07%), após alta de 0,59% em dezembro, quando as vendas do setor se aquecem para as festas de final de ano.

Leite e óleo mais baratos; tomate e cebola sobem

O grupo Alimentos e bebidas teve a maior variação (1,02%) e o maior impacto (0,22 p.p.) sobe o IPCA. Os alimentos para consumo no domicílio, que haviam subido 2,12% em dezembro, variaram 1,06% em janeiro, resultado influenciado especialmente pela alta menos intensa das frutas (2,67%) e pela queda no preço das carnes (-0,08%). As variações desses dois itens em dezembro haviam sido de 6,73% e 3,58%, respectivamente.

Por outro lado, os preços da cebola (17,58%) e do tomate (4,89%), que haviam recuado no mês anterior, subiram em janeiro, contribuindo com um impacto conjunto de 0,03 p.p. No lado das quedas, os destaques, além das carnes, foram o leite longa vida (-1,35%) e o óleo de soja (-1,08%), que acumulou alta de 103,79% em 2020.

Passagens aéreas despencam após alta em dezembro

A segunda maior contribuição para o índice (0,08 p.p.) veio dos Transportes (0,41%). Houve desaceleração frente ao mês anterior (1,36%), devido, principalmente, à queda das passagens aéreas (-19,93%), cujos preços haviam subido 28,05% em dezembro.

Os combustíveis (2,13%) apresentaram variação superior à do mês passado (1,56%), com destaque para a gasolina (2,17%) e para o óleo diesel (2,6%). Os preços dos automóveis novos (1,31%) também subiram, contribuindo com 0,04 p.p. no resultado do mês.