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Inflação do aluguel é a maior para março desde 1994; em 12 meses é de 31,1%

O IGP-M é utilizado para o reajuste de contratos de aluguéis de imóveis - Getty Images/EyeEm
O IGP-M é utilizado para o reajuste de contratos de aluguéis de imóveis Imagem: Getty Images/EyeEm

Do UOL, em São Paulo*

30/03/2021 08h19Atualizada em 30/03/2021 10h27

O IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) acelerou a 2,94% em março, após ficar em 2,53% em fevereiro. Essa é a maior taxa para o mês desde a criação do real, em 1994.

Antes da criação da atual moeda brasileira, as taxas do índice geral de preços mensais eram de dois dígitos e refletiam a hiperinflação da época. Em 1995, no primeiro março sem hiperinflação, o indicador apresentou alta de 1,12%.

Com esse resultado o índice já acumula alta de 8,26% no primeiro trimestre do ano e de 31,1% em 12 meses. O indicador é usado para os reajustes de contratos de aluguel e foi divulgado hoje pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).

Em março de 2020, o IGP-M havia ficado em 1,24% e acumulava alta de 6,81% em 12 meses.

Outros indicadores

O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) subiu 3,56% em março, ante 3,28% em fevereiro. No mês anterior, o índice havia registrado taxa de 1,25%. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de -0,86% para 0,72%, no mesmo período.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 4,67% em fevereiro para 6,33% em março. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cujo percentual passou de 6,77% para 18,33%.

O estágio das Matérias-Primas Brutas variou 2,11% em março, após subir 3,72% em fevereiro. Contribuíram para o recuo da taxa do grupo os seguintes itens: bovinos (9,86% para 1,4%), soja em grão (5,41% para 1,93%) e milho em grão (6,14% para 2,66%). Em sentido oposto, destacam-se os itens suínos (-8,32% para 4,94%), aves (-0,05% para 4,14%) e laranja (-5,29% para -2,18%).

O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) subiu 0,98% em março, ante 0,35% em fevereiro. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Transportes (1,45% para 3,97%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item gasolina, cuja taxa passou de 4,42% em fevereiro para 11,33% em março.

Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos Habitação (-0,29% para 0,53%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,18% para 0,41%) e Vestuário (-0,33% para 0,18%). Nessas classes de despesa, vale mencionar os seguintes itens: tarifa de eletricidade residencial (-3,03% para 0,31%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,42% para 0,61%) e acessórios do vestuário (-1,78% para 1,34%).

4 grupos têm queda nos preços

Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (0,78% para 0,02%), Alimentação (0,18% para 0,10%), Comunicação (0,00% para -0,10%) e Despesas Diversas (0,23% para 0,21%) registraram decréscimo em suas taxas de variação.

Nessas classes de despesa, destacam-se os seguintes itens: cursos formais (2,41% para 0,00%), hortaliças e legumes (-1,77% para -3,70%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,15% para -0,13%) e serviço religioso e funerário (0,44% para 0,08%).

INCC avança 2%

O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) subiu 2% em março, ante 1,07% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de fevereiro para março: Materiais e Equipamentos (2,39% para 4,44%), Serviços (1,05% para 0,69%) e Mão de Obra (0,03% para 0,28%).

(*Com informações do Estadão Conteúdo)